A Semana Santa se aproxima e abre espaço para mais uma temporada da
Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O grande espetáculo é realizado no
município do Brejo da Madre de Deus, a 180 quilômetros do Recife, a
capital pernambucana
Em um período de nove dias, antes e
durante a Semana Santa, a peça teatral atrai, todos os anos, cerca de 70
mil pessoas, entre adultos e jovens, que vão ao agreste pernambucano
assistir a cenas emocionantes de religiosidade, comparadas às
superproduções cinematográficas.
A
grande muralha de pedras tem quatro metros de altura e guarda em seu
interior nove palcos-plateia que reproduzem cenários naturais para
apresentação de um espetáculo emocionante no interior de Pernambuco
Fotos: Bernard Matussiere / João Tavares
Este ano, a
temporada será realizada de 22 a 30 de março próximo e os ingressos, que
já estão à venda, custam de R$ 60,00 a R$ 90,00, dependendo do dia da
encenação. Nas compras feitas no site oficial (http://www.novajerusalem.com.br/), o valor dos ingressos pode ser dividido em até 12 vezes no cartão de crédito.
A
encenação conta a história dos últimos dias de Jesus, começando pelo
"Sermão da Montanha" e se encerrando com a sua morte, ressurreição e
ascensão aos céus. A peça, que se desenrola em nove palcos-plateias, que
são réplicas de palácios, templos e lugarejos da Jerusalém de dois mil
anos atrás, tem a participação de mais de 500 atores e figurantes.
Este
ano, o espetáculo trará nos papeis principais, como artistas
convidados, os atores globais Marcos Pasquim, interpretando o rei
Herodes; Carol Castro, no papel de Madalena; e Carlos Casagrande, como
Pilatos. Eles contracenarão com os já consagrados atores pernambucanos
José Barbosa, que interpreta Jesus, e Luciana Lyra, que representará
Maria. A direção artística é de Carlos Reis e Lúcio Lombardi.
O
fascínio que o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém exerce
no público não está apenas na grandiosidade das construções, na
atmosfera que ali se respira e na beleza da história de Jesus. Reside,
também, na participação ativa do público diante da mobilidade de cada
cena.
Entre um ato e outro, uma multidão, movida pela emoção
passada pela boa interpretação dos atores, caminha entre os cenários,
transportando-se por algumas horas à época de Cristo e revivendo sua
saga. Do Sermão à Ressurreição, olhos atentos acompanham, com paixão, o
resultado do trabalho de mais de quatro décadas, que transformou um
sonho na realidade do maior teatro ao ar livre do mundo.
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