GUERRA: delegado diz que preso está cooperando com investigações
Apesar
de não terem foro privilegiados, dois dos cinco homens presos, acusados
de matar o ex-vereador Emídio Reis, estão em celas especiais e gozando
de regalias que os outros três acusados não têm e muito menos os demais
presos que não têm curso superior ou que tenha algo que a lei considere
como motivo para ser alojado em uma cela que não seja uma comum.
O
vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, se encontra
recolhido ao Quartel do Comando Geral da PM (QCG) e Joaquim Neto está no
Quartel Central do Corpo de Bombeiros.
Joaquim, por sinal, já
foi visto do lado de fora da cela assistindo tranquilamente a uma
partida de futebol no campo do quartel e acompanhado da sua esposa cujo
nome não foi revelado.
Indagado o porquê das benesses aos
detentos, haja vista que os demais não foram beneficiados, o
delegado-geral de Polícia, James Guerra, deu várias explicações para o
caso.
Inicialmente, ele assumiu que a prisão especial para os
dois acusados era uma determinação da Polícia Civil por uma questão de
segurança dos presos. "Um deles, (no caso Joaquim) está cooperando com
as investigações", justificou o delegado que agora é a única pessoa que
pode falar por qualquer investigação em andamento, conforme portaria assinada pelo próprio James Guerra.
O
policial também disse que a legislação permite que os prefeitos também
tenham prisões especiais. "Como a lei é omissa com relação aos vices, a
polícia achou por bem manter o vice no QCG, sem esquecer a questão da
segurança".
Por último ,o policial admitiu que a custódia dos
dois homens em prisão especial era uma determinação da juíza Nilcimar
Rodrigues de Araújo Carvalho, da comarca de Picos, que acompanha o caso e
também decretou a prisão preventiva da quadrilha.
As
mordomias que os dois detentos na Capital estão revoltando os moradores
de São Julião. Muitos entendem que colocar os acusados em salas que não
sejam as celas destinadas aos criminosos comuns é uma apologia ao crime,
pouco mais de um mês da morte do ex-vereador Emídio Reis.
Pelas
declarações do advogado de Joaquim Neto, a Polícia Civil está mantendo
o acusado no quartel por determinação própria. Joaquim Cipriano, o
advogado, disse esperar que a polícia cumpra a determinação da juíza
Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, da comarca de Picos, de enviar
Joaquim Pereira Neto, 43 anos, para um presídio.
De acordo
com o advogado, a intenção é solicitar a transferência dele para Picos.
"Não entendo porque eles estão presos em Teresina, se em Picos tem
presídio de segurança máxima e nunca soube de que um preso tivesse sido
morto lá dentro", disse. Fonte: cidadeverde.com
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