sexta-feira, 22 de março de 2013

Delegado confirma mordomias para presos envolvidos na morte do ex-vereador Emidio

GUERRA: delegado diz que preso está cooperando com investigações



Apesar de não terem foro privilegiados, dois dos cinco homens presos, acusados de matar o ex-vereador Emídio Reis, estão em celas especiais e gozando de regalias que os outros três acusados não têm e muito menos os demais presos que não têm curso superior ou que tenha algo que a lei considere como motivo para ser alojado em uma cela que não seja uma comum.
O vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, se encontra recolhido ao Quartel do Comando Geral da PM (QCG) e Joaquim Neto está no Quartel Central do Corpo de Bombeiros.
Joaquim, por sinal, já foi visto do lado de fora da cela assistindo tranquilamente a uma partida de futebol no campo do quartel e acompanhado da sua esposa cujo nome não foi revelado.
Indagado o porquê das benesses aos detentos, haja vista que os demais não foram beneficiados, o delegado-geral de Polícia, James Guerra, deu várias explicações para o caso.
Inicialmente, ele assumiu que a prisão especial para os dois acusados era uma determinação da Polícia Civil por uma questão de segurança dos presos. "Um deles, (no caso Joaquim) está cooperando com as investigações", justificou o delegado que agora é a única pessoa que pode falar por qualquer investigação em andamento, conforme portaria assinada pelo próprio James Guerra.
O policial também disse que a legislação permite que os prefeitos também tenham prisões especiais. "Como  a lei é omissa com relação aos vices, a polícia achou por bem manter o vice no QCG, sem esquecer a questão da segurança".
Por último ,o policial admitiu que a custódia dos dois homens em prisão especial era uma determinação da juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, da comarca de Picos, que acompanha o caso e também decretou a prisão preventiva da quadrilha.
As mordomias que os dois detentos na Capital estão revoltando os moradores de São Julião. Muitos entendem que colocar os acusados em salas que não sejam as celas destinadas aos criminosos comuns é uma apologia ao crime, pouco mais de um mês da morte do ex-vereador Emídio Reis.
Pelas declarações do advogado de Joaquim  Neto, a Polícia Civil está mantendo o acusado  no quartel por determinação própria.  Joaquim Cipriano, o advogado, disse esperar que a polícia cumpra a determinação da juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, da comarca de Picos, de enviar Joaquim Pereira Neto, 43 anos, para um presídio.  
De acordo com o advogado, a intenção é solicitar a transferência dele para Picos. "Não entendo porque eles estão presos em Teresina, se em Picos tem presídio de segurança máxima e nunca soube de que um preso tivesse sido morto lá dentro", disse. Fonte: cidadeverde.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário