segunda-feira, 1 de abril de 2013

PT não paga a campanha eleitoral em Contagem e empresas ameaçam ir à Justiça

Gustavo Prado (O Tempo)

A campanha do petista Durval Ângelo, que foi derrotado pelo comunista Carlin Moura, quitou apenas R$ 800 mil dos R$ 4 milhões de débito. O PT de Contagem ainda busca soluções para tentar pagar a dívida de R$ 3,95 milhões.



 
Devo, não nego…


Quatro meses após a eleição, a legenda só conseguiu quitar cerca de 20% do débito. A maior parte da dívida se concentra em prestadores de serviço de comunicação e publicidade. Algumas das empresas já pretendem cobrar a dívida na Justiça. O diretório municipal do partido espera pelo socorro da executiva nacional do partido.
Além de sair derrotado nas urnas, Durval Ângelo não teve sucesso na arrecadação de recursos, que foram insuficientes para cobrir os seus gastos na disputa eleitoral. Ao todo, foram investidos pouco mais de R$ 8 milhões na campanha. A arrecadação, porém, ficou muito aquém do esperado – foram levantados apenas R$ 4,1 milhões.
De acordo com o presidente municipal do PT, Lindomar Gomes, o partido só conseguiu quitar cerca de R$ 800 mil das despesas que ficaram descobertas ao término da campanha. Segundo ele, todo o dinheiro foi repassado pela executiva nacional.
“Não temos de onde tirar recurso. A única fonte é a executiva nacional. A orientação do partido foi para que fossem priorizadas as dívidas de menor valor com os fornecedores. Estamos quitando as menores dívidas – que
juntas fazem o maior volume -, com valores de até R$ 100 mil”.
NA JUSTIÇA
Pelo menos três empresas que prestaram serviços de publicidade e comunicação para a campanha de Durval Ângelo (PT) à Prefeitura de Contagem no ano passado confirmaram que ainda não receberam o pagamento ou, pelo menos, parte dele. Uma delas já deve acionar judicialmente o partido para cobrar soluções.
Contratada para a produção de programas de rádio e televisão, uma empresa de São Paulo ainda não recebeu os R$ 787 mil pelos serviços. Segundo o empresário, que preferiu não ser identificado, a empresa “tentou uma cobrança extra judicial, que não surtiu efeito ainda”. Conforme ele informou, o próximo passo é uma “ação de cobrança”.
Uma outra empresa de comunicação de Belo Horizonte, cujo serviços de produção de programas eleitorais custaram R$ 2,1 milhões, também alega não ter recebido todo o pagamento. Segundo foi informado, ainda há um “valor expressivo” para ser quitado, mas a dívida está sendo negociada.
Em Itabira, uma empresa de publicidade, especializada na produção de faixas e placas, também alega não ter recebido todos os valores dos serviços, que ficaram em cerca de R$ 100 mil.

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