Brasil é campeão masculino Pan-americano por Equipes.
Após faturar o ouro
no individual, a judoca Sarah Menezes ajudou a equipe brasileira a
conseguir o bronze neste domingo (22). Os homens ficaram com o ouro ao
derrotar na decisão o Canadá por cinco a zero, com direito a cinco
ippons por projeção. Já as meninas levaram o bronze ao vencer a Colômbia
por três a dois.
Os
dois países mais bem colocados garantem uma vaga no Mundial por Equipes
que será disputado junto com o Individual no Rio de Janeiro, a partir
de 26 de agosto. Como país-sede, o Brasil já estava classificado para a
competição. A participação
no torneio por Equipes teve como objetivo preparar a equipe para o
Mundial porque o formato de disputa será o mesmo, com as equipes
competindo logo após o individual.
“Acredito
que independentemente de termos a vaga garantida ou não, para nós era
importante participar até porque tradicionalmente já disputamos o
Pan-americano por equipes. Além disso, foi bom para os atletas poderem
vivenciar a experiência de trabalhar em equipe. Foi um treinamento de luxo para o Campeonato Mundial”, analisou Ney Wilson, gestor técnico das equipes adultas.
O
sorteio das chaves colocou frente a frente na primeira luta as duas
maiores forças do continente no judô. Brasil e Cuba fizeram o que se
pode chamar de uma final antecipada. Melhor para os brasileiros que não
se intimidaram e venceram o certame por três a dois. Mas não foi nada
fácil. Luiz Revite perdeu o primeiro confronto para Solar por conta de
uma punição. Charles Chibana venceu Magdiel por wazari e deixou tudo
igual. Victor Penalber venceu José Martinez também por wazari e virou o
confronto. Tiago Camilo jogou Asley Gonzalez, venceu por wazari e teve a
revanche da final dos 90kg individual. Já com a vitória definida,
Rafael Silva enfrentou Óscar Brayson e foi derrotado por ter uma punição
a mais que o adversário.
Com
o principal rival batido, começou o passeio dos brasileiros na
competição. Vitória sobre a Argentina nas quartas de final e sobre a
República Dominicana na semifinal por cinco a zero. Na decisão, o Brasil
enfrentou o Canadá, um país com tradição no esporte. Mas o resultado
foi o mesmo: vitória por cinco a zero, com direito a cinco ippons. O
primeiro foi de Luiz Revite sobre Sasha Mehmedovic; o segundo de Charles
Chibana sobre Alexis Martin-Morel; o terceiro de Victor Penalber sobre
Antoine Valois Fortier; o quarto de Tiago Camilo sobre Emond; e o quinto
de Rafael Silva sobre James Macmanus.
“A
equipe masculina foi impecável. Tivemos a superação com o Tiago que
descontou a derrota no individual para o Asley Gonzalez. E conseguimos
também a afirmação com o Penalber e o Revite que decidiram duas vezes
com o mesmo adversário e venceram nas duas”, concluiu o gestor técnico.
Cuba e Venezuela ficaram com os terceiros lugares.
Mulheres
No
feminino, os Estados Unidos foram campeões batendo o México na decisão.
Além das brasileiras, as cubanas ficaram em terceiro e estão fora do
Mundial por Equipes.
As
judocas brasileiras estrearam contra Guatemala e passaram fácil pelas
adversárias pelo placar de cinco a zero. No segundo embate da chave, uma
pedreira contra as tradicionais rivais cubanas. E nova vitória
brasileira, dessa vez por quatro a um. Érika Miranda passou por Yanet
Bermoy por ter menos punições, Ketleyn Quadros venceu Aliuska Ojeda por
yuko, Rafaela Silva perdeu para Maricet Espinoza, Maria Portela ganhou
por wo e Rochele Nunes imobilizou Idalis Ortiz.
Quando
se pensava que o caminho estaria mais fácil, vieram os Estados Unidos
na semifinal e impuseram seu jogo. Venceram a três primeiras lutas –
Érika foi eliminada por quatro punições, Rafaela Silva foi finalizada
por Marti Malloy e Katherine Campos foi imobilizada por Hannah Martin – e
definiram a disputa. Ainda deu tempo para Maria Portela e Rochele Nunes
derrotarem suas adversárias para definirem o placar em 3 a 2.
“No
feminino, acredito que nós falhamos, deixamos escapar uma boa
oportunidade de ser campeão. Creio que as meninas relaxaram um pouco
depois de passar por Cuba e acabaram não encarando os Estados Unidos
como deveriam. Além disso, tivemos alguns acidentes contra as americanas
como a dor que Érika sentiu na costela e o problema com o braço da
Rafaela que acabaram comprometendo o resultado. Fica um grande
aprendizado”, disse Ney Wilson.
Restou
às meninas buscarem o bronze contra a Colômbia e elas definiram a luta
no começo. Como as adversárias só contavam com quatro atletas, o Brasil
precisaria vencer apenas duas lutas para garantir a medalha. E Sarah
Menezes tratou de vencer Maria Villaba no primeiro confronto. Ketleyn
Quadros dominou a luta e acabou finalizando Díaz, resultados que
garantiram o bronze ao Brasil. As colombianas não se renderam e
venceram os confrontos com Katherine Campos e Maria Portela. Aí, bastou
Rochele Nunes entrar no tatame e garantir a terceira vitória do Brasil,
dessa vez por w.o.
“De
uma maneira em geral, os resultados foram muito bons, tanto por equipes
quanto no individual. Acho que essa competição elevou a autoestima de
alguns atletas e temos que agradecer à estrutura oferecida pela CBJ na
pessoa do professor Paulo Wanderley, aos nossos patrocinadores, ao
Ministério do Esporte e ao Comitê Olímpico Brasileiro”, concluiu Ney
Wilson.
O
próximo desafio da equipe brasileira é o Grand Slam de Baku, que
acontece nos dias quatro e cinco de maio. O Brasil vai ser representado
por Diego Santos (60kg), Leandro Cunha (66kg), Marcelo Contini (73kg),
Felipe Costa (81kg), Nacif Elias (90kg), Rafael Buzacarini (100kg),
Walter Santos (+100kg), David Moura (+100kg), Eleudis Valentim (52kg),
Mariana Barros (63kg), Nádia Merli (70kg), Maria Suelen Altheman (+78kg)
e Claudirene Cézar (+78kg).
Fonte: CBJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário