O secretário de Estado da Educação,
deputado federal licenciado Pedro Fernandes, disse que 40% dos jovens
com idade em torno de 17 anos não tem acesso à escolas no Maranhão. O
índice é alarmante e mostra como há um atraso na educação, exigindo uma
força-tarefa dos governos para reduzir essas desigualdades.
O percentual foi mencionado pelo
secretário em entrevista publicada neste domingo (21) no jornal O
Imparcial. Pedro Fernandes parece otimista. Reduzir essa diferença
educacional poderá ser possível, segundo ele, com a melhoria na
estrutura das escolas, quadro de professores, além de avanços no currículo pela mediação tecnológica, a ser implantada a partir do próximo mês de agosto.
"Vamos expandir o ensino médio, tentando
a universalização", disse Pedro Fernandes, destacando que, para atingir
tal objetivo, a Seduc vem articulando parcerias com universidades e
instituições com atuação voltada ao desenvolvimento científico no
estado.
O analfabetismo é outra chaga que o
Maranhão carrega. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), aponta que mais de 60% das pessoas de 10 anos ou
mais de idade, no Maranhão, não tinham instrução e nem completado o
ensino fundamental.
A Secretaria da Educação detém um dos
maiores, senão o maior, orçamento entre todas as secretarias de governo.
Seriam R$ 1,604 bilhão, mas quase todo o valor é destinado à folha de pagamento de pessoal.
Segundo Pedro Fernandes, apesar de o
governo estadual cumprir o preceito constitucional e destinar 5% do
orçamento para as instituições de ensino superior, além de 20% aos
programas de educação básica, esses recursos ainda não são suficientes.
"Estamos na luta para que os royalties [do petróleo] venham para a
educação, e pelo menos trocar uma riqueza que é finita por uma outra
riqueza, que é a educação do povo", disse o secretário.
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