Cinco pessoas foram ouvidas pelo Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o homicídio do jornalista
Sandro Ferreira Santos, 28 anos, morto com uma facada na noite de
sexta-feira no estacionamento supermercado do Bompreço da avenida ACM.
Todos os depoimentos até o momento confirmam a versão divulgada, de que
Sandro foi morto por um guardador de carros depois de uma briga com uma
funcionária do mercado. Três funcionários do estabelecimento devem ser
ouvidos na terça.
A mãe da vítima lamentou a morte do filho por "uma
merreca". "Imagine você receber a notícia de que seu filho faleceu a
troco de nada? De uma merreca? R$ 11 é uma merreca", disse à TV Bahia
Maria José Ferreira, que perdeu o filho único. "Eu quero que encontre o
culpado ou os culpados. Ninguém morre assim por causa de R$ 11".
O suspeito pelo crime é um guardador de carros que
trabalhava no estacionamento do local. "Ele trabalhava apenas no local,
como organizador da fila de táxi, como lavador de carro, mas não tinha
qualquer vinculação com o supermercado", diz o delegado Marcelo
Sansão.
A polícia já teve acesso às gravações das câmeras de
segurança interna. De acordo com informações da 1ª Delegacia
Territorial (DT/Barris), as imagens passam por tratamento e devem ajudar
a desvendar como ocorreu a discussão entre o jornalista e os
funcionários.
A vítima foi esfaqueada por um guardador de carros
identificado pela polícia como Coveiro e Pasta Pura na noite da
sexta-feira (24) por volta das 21h no estacionamento do supermercado. O
incidente ocorreu após uma discussão entre Sandro e a atendente
Lucimara Alves dos Santos para reivindicar um crédito de R$ 11,98 que ficou pendente em uma compra de iogurtes.
Na confusão, o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) foi chamado porque a funcionária torceu o pé e Sandro
teve um mal estar por causa de uma gastrite nervosa. No caminho para a
ambulância, quando estava em uma cadeira de rodas, Sandro foi
surpreendido pelo guardador de carros que deu uma facada em seu pescoço.
Um funcionário do Bompreço contou ao CORREIO que o assassino era amigo
de uma das atendentes e que ficou revoltado com a grosseria do
cliente na discussão.
Familiares ainda reclamam do sumiço da mochila do
jornalista, com um notebook dele. A polícia diz que vai investigar se
foi roubada. A mãe de Sandro, a servidora pública Maria José Pinheiro,
47, disse que vai entrar com uma ação contra a rede de supermercados.
“Nada vai devolver a vida dele, mas a supervisão (do mercado) tem
culpa nisso. Vou botar o mercado na Justiça”. Em nota, o Bompreço
informou apenas que está colaborando com as investigações e que vai
prestar todos os esclarecimentos à polícia.( Ibahia )
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