quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pará é o terceiro estado em déficit de médicos

Pará é o terceiro estado em déficit de médicos (Foto: Nestor Bezerra/Diário do Pará)
(Foto: Nestor Bezerra/Diário do Pará)






Distante da média nacional de 1,8 médicos por mil habitantes, o Pará é o terceiro estado com o menor índice de médicos do Brasil. Ganhando apenas do Maranhão e Amapá, o estado conta apenas com 0,77 médicos por cada mil habitantes. 
De acordo com secretário de Gestão Estratégica e Participação do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, que esteve reunido com secretários municipais de saúde do Norte e Nordeste na quarta Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2013, realizada em São Luís, o Ministério está estudando duas estratégias para solucionar o problema da falta de médico em determinadas regiões do país. “As duas estratégias estudadas pelo Ministério da Saúde são a validação do diploma e a autorização específica para médicos estrangeiros atuarem no interior por um determinado período”, apontou. “O Revalida é para o médico brasileiro formado no exterior ou médicos estrangeiros que querem morar no Brasil. O que queremos é uma estratégica específica para que o médico receba uma autorização especial para atuar no interior por um determinado período. O que temos é que discutir a estrutura do processo de validação do diploma”.
Ainda se referindo sobre os argumentos utilizados por muitos médicos a respeito da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil, o secretário muniu-se da realidade apontada pelo balanço do déficit de médicos em todo o país. “Não estamos falando apenas de má distribuição. Falta médico no Brasil. Dizem que é uma questão de má distribuição e isso não é verdade porque tem cidades que têm grande concentração de médico e, ainda assim, faltam profissionais em algumas regiões. Dizem que falta plano de carreira, mas não é verdade porque onde tem, também falta. Também não é verdade que falta oferta porque, hoje, o Brasil gerou 54 mil postos de trabalho. Temos quase dois empregos para um profissional”.
DÉFICIT
O secretário ainda salientou que o próprio Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), outro programa de incentivo à ida de médicos para as regiões onda há déficit de profissionais, não foi suficiente para suprir a demanda. Quando o destaque é o Estado do Pará, a realidade da falta de médicos é ainda mais preocupante. 
Os municípios do Estado solicitaram 509 médicos por meio do Provab no último ano, porém, apenas 95 foram encaminhados para atuar na região. “Vamos ter uma preocupação especial com a Amazônia porque ela é a região que mais sofre com a falta de médicos”, destacou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em videoconferência ao destacar que será levada em consideração o conhecimento de doenças específicas da região no momento de ‘importação’ de médicos estrangeiros para o Estado. 
“O Ministério da Saúde só vai atrás de profissionais bem formados. Teremos critérios muito claros de avaliação desses profissionais antes de serem recrutados”, garantiu. “Não queremos apenas trazer médicos estrangeiros para a Amazônia, queremos mais oportunidades para que os jovens da Amazônia possam fazer medicina na Amazônia. É possível abrir mais vagas de medicina na Região”, concluiu.
(Diário do Pará)
 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário