segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ninguém sabe o que vai acontecer ou em quanto tempo. Perdem esse tempo em pesquisas para 2014, 15 meses indevassáveis, imprevisíveis, imponderáveis. Não conseguem identificar o HOJE, se jogam todos na fúria de desvendar o AMANHÃ. Que não se sabe se virá, como virá, ou quais os personagens que SURGIRÃO ou SOBREVIVERÃO.


Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa 




A confusão é total, completa e indescritível. Enquanto o povo nas ruas coloca exigências que melhorem a vida da população, os ainda governantes dos chamados Três Poderes se perdem em elocubrações (que palavra, mas é uma das raras que define a arrogância e a incompetência) que não representam coisa alguma.
Estão todos assustados, tentam interpretar o que chamam de “voz das ruas”, mas surdos demais para ouvirem alguma coisa. E como não ouvem, vão agindo insensatamente, perderam a oportunidade do diálogo, de FAZEREM, de tomarem providências que deviam ter executado há muito tempo. E lógico, perdem mais tempo, todo o tempo, não podem retroceder ou avançar.
E sem esses dois movimentos, sobra o que sempre exerceu grande influência sobre eles: PRA TRÁS, LENTO E DEVAGAR. São mestres nisso, só que agora não adianta mais. O povo nas ruas sabe o que quer, o que precisa, o que lhe roubaram, só que os governantes não entenderam coisa alguma.
PESQUISAS E MAIS PESQUISAS PARA 2014.
E OS 15 MESES ENTRES ESSE 2014 E 2013?
São todos mestres em “desvendar” o que não pode ser “desvendado”, pois ninguém sabe o que irá surgir. Todas as pesquisas começam assim: “Se a eleição de 2014 fosse hoje”. Essa frase marca a inutilidade de ouvir pouco mais de 4 mil pessoas, num universo de 196 milhões.
Como a eleição não será hoje, nem se sabe quando ou de que forma será feita, tolice colossal ou então tentativa extraordinária de mistificação. Nessas pesquisas, nada confiável, mas evidente: Dona Dilma foi a que perdeu mais. Logicamente, segundo os mesmos pesquisadores, há mais ou menos três meses, era a que tinha uma fortuna em VOTOS.
Registrei aqui várias vezes: “Os adversários de Dona Dilma não querem vencer, ficam satisfeitos só com o fato de irem para o segundo turno”. Agora, os que abriram a campanha com enorme antecedência, se escondem, se refugiam no silêncio. A SITUAÇÃO não faz nada, a OPOSIÇÃO parece que só tem um sonho: dormem e acordam com a obsessão de serem recebidos no Planalto. Todos insensatos, com medo e desligados da realidade.
“O LEGISLATIVO ESTÁ MORTO, QUASE
ENTERRADO NO SÃO JOÃO BATISTA”
Logo com uma semana do povo nas ruas, coloquei essa conclusão, que agora desenterro. E disse mais, logo depois: “Com imprevidência e imprudência, Dona Dilma ressuscitou o Legislativo”. E foi o que aconteceu. O Legislativo, nas duas “casas”, agiu com urgência, pelo menos derrubou a PEC 37. Transformaram a corrupção em CRIME HEDIONDO, nem olharam no espelho.
O Judiciário mandou prender um deputado, inédito, mas deu prisão e manchete. Só o Executivo não fez nada, sendo o mais poderoso dos Poderes, podia ter agido, tomado medidas que estavam a seu alcance. Dona Dilma se perde entre palavras, não precisa de pesquisa para saber que ela não tem PRESENTE e, logicamente, FUTURO.
ECONOMISTAS DEGRADADOS
Ao contrário do que tergiversam alguns comentaristas aqui mesmo, não mudei um centímetro de posição em relação a economistas oficiais ou que trabalham para essas empresas que “dão notas” que degradam e desmoralizam empresas e países.
O que já disse e reafirmo, cada vez mais convicto: “80 por cento desses economistas deveriam ser condenados à prisão perpétua e, quando terminada a pena, fuzilados”. Nessa busca pelos culpados por tudo o que está acontecendo, não podem ser absolvidos ou ficarem impunes. Têm o perfil, pelo menos, da displicência e da cumplicidade.
MANCHETES DO RIO E DE SÃO PAULO
“Vereadores vão investigar proprietários de empresas de ônibus”. No Rio, as sessões poderiam ser na penitenciária da Frei Caneca. Em São Paulo, na de Tremembé ou Presidente Prudente. Ganhariam tempo, consumariam o julgamento e a prisão.
Além do mais, na Frei Caneca, estariam homenageando o grande líder da insurreição de 1817. E lembrando que ali ficou Luiz Carlos Prestes, quando Stalin, em 1940, mandou um graduado do Politburo pedir a Vargas a libertação dele. O que só aconteceu 5 anos depois, quando surpreendentemente Prestes lançou a “Constituinte com Vargas”. Quase atual.
Em São Paulo, Presidente Prudente lembraria o primeiro eleito pelo voto direto em 1894. Que recusou a reeleição que não estava na Constituição. E teve a “delicadeza patriótica” de expulsar um Rotschild que queria renegociar a “divida”. Tudo muito atual.
POR TRÁS E PELA FRENTE
Correm muito rumores, boatos, sussurros, informes, mas nenhuma informação “checada” na fonte. O Wall Street Journal (respondendo e comentando ligeiramente a pergunta de Osvaldo Aires Bade) publicou que por trás das manifestações do povo nas ruas “estaria o radicalíssimo PSTU”.
Não consegui confirmar de jeito algum, embora eu saiba da publicação desde quinta-feira passada. Com o Wall Street Journal, propriedade de Rupert Murdoch, grande negocista da mídia mais corrupta do mundo (praticamente expulso da Inglaterra), tem tudo para ser inverdade-provocação.
Como esse jornal americano é lido “obsessivamente” pelo empresariado mais rico, mais influente e mais predatório de lá, pode ser uma tentativa de desmoralizar o sistema econômico e financeiro do Brasil. E macular o protesto dos jovens que encheram e dominaram as ruas. E como Murdoch não faz nada de graça, tem tudo para ser “notícia teleguiada”, tendenciosa, uma forma de desmoralizar o povo nas ruas. Murdoch não sabe o que é povo, nem sequer é americano.
Murdoch não vai entender o final do que acontecerá nas ruas do Brasil, será inesquecível, mas para ele impublicável. Nelson Rodrigues (com quem trabalhei lado a lado, anos) dizia e repetia numa época em que não havia televisão, filme apenas em cinema: “Só gosto de filme com final feliz”.
Apesar de altamente conservador (até mesmo reacionário), Nelson iria adorar o final do filme que está sendo produzido, dirigido e exibido nas ruas e praças do Brasil.
Um roteiro inesperado, improvisado, não financiado por ninguém, e que também ninguém sabe quais são ou serão os protagonistas aplaudidos e ovacionados. Os aplausos surgirão das RUAS para as RUAS. Vaiados, mesmo, apenas os governantes, tenham eles os nomes que tiverem, façam o que fizerem. O problema é o TEMPO. Quando terminará e quais as condições que serão IMPOSTAS e ACEITAS?
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PS – Acabo de escrever quase na hora de começar Brasil X Espanha. A seleção ganhou apoio do povo nas ruas, fundamental para chegar à final nessa Copa das Confederações, sem a menor importância.
PS2 – E jogada num Maracanã desfigurado, sem alma, sem corações, não mais o símbolo, a lenda e legenda que o Brasil e o mundo idolatravam.
PS3 – A preços descomunais, longe do poder aquisitivo do povo, nem lembra o Maracanã de 1950, com 200 mil pessoas.
PS4 – Em 2014, se a Copa for aqui, bem distante do que houve nesse Maracanã, que já empolgou o país e o mundo.

PS5 – Para não deixar dúvida: a Fifa fará campanha para tirar a Copa de 2014 aqui. Essa nos interessa vencer, é a segunda no Brasil, 63 anos depois da primeira. Esperamos que com FINAL DIFERENTE.

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