Pedro Soares: a finalidade da pesquisa é fornecer indicadores sobre a população para os anos que se seguem
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem a
pesquisa "Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o
Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por
Sexo e Idade para o período 2000/2030", que traz dados a respeito de
fatores como taxa de natalidade, migração externa e interna, esperança
de vida etc. No Piauí, estão os números mais baixos em relação à
expectativa de vida. Enquanto que a média no país a expectativa chega a
81,2 anos, até 2060, no Piauí, o número é de 73,8 anos.
"A
pesquisa teve como base os últimos censos. Ela é importante, por
exemplo, para os gestores que poderão planejar suas administrações para
os anos que se seguem como base nos dados fornecidos pela pesquisa. A
finalidade da pesquisa é fornecer indicadores sobre a população para os
anos que se seguem" , disse Pedro Soares, supervisor de informações do
IBGE.
Além da projeção da população para o país e para os
estados, a pesquisa traz projeções da fecundidade feminina por faixa
etária, da mortalidade, da expectativa de vida ao nascer e do saldo
migratório (imigrantes menos emigrantes) internacional e interno, entre
outros indicadores.
No país, a expectativa de vida ao nascer
deve atingir os 80 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060. No Piauí,
a expectativa de vida até 2060 será de 73,8 anos. Nesse quesito, o
Piauí fica à frente do Estado de Rondônia e atrás de Estados como Santa
Catarina e Maranhão, que estarão com esperança de vida de 80,2 e 74
anos, respectivamente. Entre os homens no país, os valores mais baixos
serão os do Piauí, de 68,8 anos, e do Pará, de 70,4 anos. Santa Catarina
deverá chegar a expectativa de vida de mais de 80 anos ainda em 2020.
Em
termos de saldo migratório interno, em 2020 e 2030, a projeção indica
que o Piauí, juntamente com a Bahia, Ma-ranhão, Rio Grande do Sul,
Ceará, Alagoas e Pernambuco deverão ter os maiores saldos negativos, ou
seja, maior número de pessoas saindo do Estado, todos acima de 10 mil
emigrantes, mantendo a tendência observada nas últimas décadas.
NO
BRASIL - A idade média em que as mulheres têm filhos deve chegar a 29,3
anos em 2030. A redução esperada no nível de crescimento da população é
decorrente, principalmente, da queda do número médio de filhos por
mulher, que vem decrescendo há mais de 40 anos. A taxa de fecundi-dade
total projetado para 2013 é de 1,77 filho por mulher; a projeção é de
1,61 filho em 2020 e 1,50 filho em 2030.
Além da queda do
nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por
idade da mulher também se altere, conforme já vem sendo observado na
última década, em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil.
Segundo a projeção, a idade média em que as mulheres têm seus filhos,
que está em 26,9 anos em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos
em 2030.
De acordo com as projeções para a migração
internacional, o percentual de pessoas que sairá do país vai aumentar
até 2020, quando atingirá 0,001 da população. A partir de então, a taxa
vai cair até 2035, quando o percentual será o mais baixo desde o ano
2000, em torno de 0,0002. A maior parte dos fluxos se dá pelo
desenvolvimento econômico.(DP)
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