sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Piauiense tem baixa expectativa de vida

Pedro Soares: a finalidade da pesquisa é fornecer indicadores sobre a população para os anos que se seguem



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem a pesquisa "Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o período 2000/2030", que traz dados a respeito de fatores como taxa de natalidade, migração externa e interna, esperança de vida etc. No Piauí, estão os números mais baixos em relação à expectativa de vida. Enquanto que a média no país a expectativa chega a 81,2 anos, até 2060, no Piauí, o número é de 73,8 anos.   
"A pesquisa teve como base os últimos censos. Ela é importante, por exemplo, para os gestores que poderão planejar suas administrações para os anos que se seguem como  base nos dados  fornecidos pela pesquisa. A finalidade da pesquisa é fornecer indicadores  sobre a população para os anos que se seguem" , disse Pedro Soares, supervisor de informações do IBGE. 
Além da projeção da população para o país e para os estados, a pesquisa traz projeções da fecundidade feminina por faixa etária, da mortalidade, da expectativa de vida ao nascer e do saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) internacional e interno, entre outros indicadores.
No país, a expectativa de vida ao nascer deve atingir os 80 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060. No Piauí, a expectativa de vida até 2060 será de 73,8 anos. Nesse quesito, o Piauí fica à frente do Estado de Rondônia e atrás de Estados como Santa Catarina e Maranhão, que estarão com esperança de vida de 80,2 e 74 anos, respectivamente. Entre os homens no país, os valores mais baixos serão os do Piauí, de 68,8 anos, e do Pará, de 70,4 anos. Santa Catarina deverá chegar a expectativa de vida de mais de 80 anos ainda em 2020. 
Em termos de saldo migratório interno, em 2020 e 2030, a projeção indica que o Piauí, juntamente com a Bahia, Ma-ranhão, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas e Pernambuco deverão ter os maiores saldos negativos, ou seja, maior número de pessoas saindo do Estado, todos acima de 10 mil emigrantes, mantendo a tendência observada nas últimas décadas.
NO BRASIL - A idade média em que as mulheres têm filhos deve chegar a 29,3 anos em 2030. A redução esperada no nível de crescimento da população é decorrente, principalmente, da queda do número médio de filhos por mulher, que vem decrescendo há mais de 40 anos. A taxa de fecundi-dade total projetado para 2013 é de 1,77 filho por mulher; a projeção é de 1,61 filho em 2020 e 1,50 filho em 2030. 
Além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher também se altere, conforme já vem sendo observado na última década, em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil. Segundo a projeção, a idade média em que as mulheres têm seus filhos, que está em 26,9 anos em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.
De acordo com as projeções para a migração internacional, o percentual de pessoas que sairá do país vai aumentar até 2020, quando atingirá 0,001 da população. A partir de então, a taxa vai cair até 2035, quando o percentual será o mais baixo desde o ano 2000, em torno de 0,0002. A maior parte dos fluxos se dá pelo desenvolvimento econômico.(DP)

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