NELSON MELO/JP
Revoltados com os recentes assassinatos de policiais militares e civis, no Maranhão, membros da PM e do Corpo de Bombeiros realizaram uma passeata, na tarde de ontem (29), iniciada às 16h, na Praça da Bíblia – em frente ao prédio da Fetiema; reunindo cerca de 250 pessoas, entre oficiais, praças e parentes de seis policiais que foram mortos neste mês, como o “Cabo Silva” e o policial civil Deodoro Rudakoff. Carregando um caixão confeccionado com papelão, os manifestantes exigiam, da governadora Roseana Sarney (PMDB), medidas urgentes que proporcionem mais segurança aos profissionais da segurança durante a execução de suas funções e nos períodos de folga. O grupo também desejava o cumprimento de alguns acordos estabelecidos após a greve da categoria ocorrida em 2011, como o aumento do efetivo e mais agilidade nas promoções.
Segundo o cabo Roberto Campos, diretor da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Asspemma), o governo do Estado está manipulando a população com informações deturpadas sobre os homicídios dos militares, mostrando ao povo, que os policiais estão sendo mortos ao fazerem bicos ou durante as folgas. De acordo com ele, se um agente é assassinado nestas duas situações, as autoridades têm sua parcela de culpa, uma vez que “se estivessem protegidos por coletes à prova de balas, ou se as armas de fogo oficiais pudessem ser utilizadas fora do serviço, o índice de crimes contra a vida dos profissionais da categoria seria anulado”.
Cabo Campos também alegou que a Lei 9.663, que permite que os policiais possam comprar a folga de outro profissional, não é suficiente para que o agente complemente sua renda mensal, já que este valor gira em torno de R$ 60; sendo que o ideal, conforme ele, seria R$ 168, “já protocolado no Ministério Público”. Na opinião do diretor da Asspemma, o empresariado “paga o dobro”, e o PM, não tendo opção mais vantajosa, decide trabalhar como segurança em bares e eventos. Além disto, ele denuncia que o fomento às promoções não está sendo cumprido, justificando que, entre 200 sargentos, somente 10% sofrem rodízio, isto é, sobem de patente; sendo que, atualmente, um agente está passando até cinco anos na mesma hierarquia militar.
O Jornal Pequeno também conversou com o sargento Paulo Sérgio, que trabalha há 25 anos no Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA), durante a passeata. Ele denunciou que a insegurança está tão intensa que, na semana passada, um carro dos Bombeiros foi perseguido por dois motociclistas, que pretendiam desferir disparos de arma de fogo contra a guarnição; só não conseguiram, “porque uma viatura da PM evitou o pior”. Como bombeiro militar, Paulo Sérgio disse querer a criação de mais quartéis do CBMMA em municípios maranhenses nos quais existe uma carência desta instituição, como Bacabal e Buriticupu.
A categoria exige, na pauta de reivindicações, que sejam cumpridas as seguintes medidas, por parte do governo: uso de coletes à prova de balas nos períodos de folga; ceder, para uso pessoal, as armas doadas pela gestão do Estado de São Paulo ao Maranhão; a isenção de alíquotas de armas sobre o ICMS, a exemplo de Goiás; seguro de vida em nome dos familiares dos policiais; o aumento no valor da indenização para a família dos agentes mortos; a substituição das 4.600 pistolas enferrujadas disponíveis no quartel da PM por novas armas de fogo, da mesma nomenclatura; a revisão do salário-família, que, no momento, é de R$ 2,52; e a avaliação do Código de Ética, a fim de se tornar mais humanizado.
Os manifestantes percorreram várias ruas da capital, passando pelo Canto da Fabril, Praça Deodoro, parando em frente ao Plantão Central da Beira-mar; e depois seguiram em caminhada até o Palácio dos Leões, onde foram recepcionados por outros PMs, que faziam a proteção da Praça Pedro II, com barreiras de grades de ferro.
Em frente ao Palácio dos Leões, por volta das 19h, o grupo se reuniu em uma Assembleia Geral a fim de enviar uma pauta de reivindicações à governadora Roseana Sarney; bem como viabilizar a aprovação da Lei de Organização Básica (LOB), que determina a criação de mais quartéis militares nos municípios maranhenses e a Lei de Efetivos, que disponibiliza profissionais para trabalhar nas unidades instaladas, sendo que, em São Luís, existem cerca de 2.500 policiais militares, segundo informações repassadas pelo cabo Campos.
Revoltados com os recentes assassinatos de policiais militares e civis, no Maranhão, membros da PM e do Corpo de Bombeiros realizaram uma passeata, na tarde de ontem (29), iniciada às 16h, na Praça da Bíblia – em frente ao prédio da Fetiema; reunindo cerca de 250 pessoas, entre oficiais, praças e parentes de seis policiais que foram mortos neste mês, como o “Cabo Silva” e o policial civil Deodoro Rudakoff. Carregando um caixão confeccionado com papelão, os manifestantes exigiam, da governadora Roseana Sarney (PMDB), medidas urgentes que proporcionem mais segurança aos profissionais da segurança durante a execução de suas funções e nos períodos de folga. O grupo também desejava o cumprimento de alguns acordos estabelecidos após a greve da categoria ocorrida em 2011, como o aumento do efetivo e mais agilidade nas promoções.
Segundo o cabo Roberto Campos, diretor da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Asspemma), o governo do Estado está manipulando a população com informações deturpadas sobre os homicídios dos militares, mostrando ao povo, que os policiais estão sendo mortos ao fazerem bicos ou durante as folgas. De acordo com ele, se um agente é assassinado nestas duas situações, as autoridades têm sua parcela de culpa, uma vez que “se estivessem protegidos por coletes à prova de balas, ou se as armas de fogo oficiais pudessem ser utilizadas fora do serviço, o índice de crimes contra a vida dos profissionais da categoria seria anulado”.
Cabo Campos também alegou que a Lei 9.663, que permite que os policiais possam comprar a folga de outro profissional, não é suficiente para que o agente complemente sua renda mensal, já que este valor gira em torno de R$ 60; sendo que o ideal, conforme ele, seria R$ 168, “já protocolado no Ministério Público”. Na opinião do diretor da Asspemma, o empresariado “paga o dobro”, e o PM, não tendo opção mais vantajosa, decide trabalhar como segurança em bares e eventos. Além disto, ele denuncia que o fomento às promoções não está sendo cumprido, justificando que, entre 200 sargentos, somente 10% sofrem rodízio, isto é, sobem de patente; sendo que, atualmente, um agente está passando até cinco anos na mesma hierarquia militar.
O Jornal Pequeno também conversou com o sargento Paulo Sérgio, que trabalha há 25 anos no Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA), durante a passeata. Ele denunciou que a insegurança está tão intensa que, na semana passada, um carro dos Bombeiros foi perseguido por dois motociclistas, que pretendiam desferir disparos de arma de fogo contra a guarnição; só não conseguiram, “porque uma viatura da PM evitou o pior”. Como bombeiro militar, Paulo Sérgio disse querer a criação de mais quartéis do CBMMA em municípios maranhenses nos quais existe uma carência desta instituição, como Bacabal e Buriticupu.
A categoria exige, na pauta de reivindicações, que sejam cumpridas as seguintes medidas, por parte do governo: uso de coletes à prova de balas nos períodos de folga; ceder, para uso pessoal, as armas doadas pela gestão do Estado de São Paulo ao Maranhão; a isenção de alíquotas de armas sobre o ICMS, a exemplo de Goiás; seguro de vida em nome dos familiares dos policiais; o aumento no valor da indenização para a família dos agentes mortos; a substituição das 4.600 pistolas enferrujadas disponíveis no quartel da PM por novas armas de fogo, da mesma nomenclatura; a revisão do salário-família, que, no momento, é de R$ 2,52; e a avaliação do Código de Ética, a fim de se tornar mais humanizado.
Os manifestantes percorreram várias ruas da capital, passando pelo Canto da Fabril, Praça Deodoro, parando em frente ao Plantão Central da Beira-mar; e depois seguiram em caminhada até o Palácio dos Leões, onde foram recepcionados por outros PMs, que faziam a proteção da Praça Pedro II, com barreiras de grades de ferro.
Em frente ao Palácio dos Leões, por volta das 19h, o grupo se reuniu em uma Assembleia Geral a fim de enviar uma pauta de reivindicações à governadora Roseana Sarney; bem como viabilizar a aprovação da Lei de Organização Básica (LOB), que determina a criação de mais quartéis militares nos municípios maranhenses e a Lei de Efetivos, que disponibiliza profissionais para trabalhar nas unidades instaladas, sendo que, em São Luís, existem cerca de 2.500 policiais militares, segundo informações repassadas pelo cabo Campos.
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