terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os bancos, donos de tudo, querem enriquecer ainda mais. E o Banco do Brasil e a Caixa, por que não aumentam os funcionários e acabam com a greve?

Os responsáveis pela monstruosa dívida interna e externa. Direito de resposta e dano moral, duas controvérsias. Roriz e Arruda querem voltar a governar (?) Brasília. Meu amigo Fernando Pamplona.


Helio Fernandes/Tribuna Da Imprensa
Desculpem, ontem voltei a escrever sobre a dívida externa, que estava ofuscada e esquecida por causa da astronômica e destruidora dívida interna. Como se a externa não merecesse os mesmos adjetivos negativos. Quero voltar, pois não identifiquei os maiores responsáveis pela então única dívida, a externa, que em 30 anos passou de 1 BILHÃO para 200 BILHÕES, um dos maiores crimes de todos os tempos.
Ontem revelei: faltando seis meses para acabar o mandato, Juscelino mandou Roberto Campos renegociar a dívida. Estava em 800 MILHÕES, numa negociação de três meses cresceu 25 por cento, entrou na casa do BILHÃO. É um lamento só, tristeza sem fim, massacre contra o presente e o futuro do Brasil.
A DITADURA DA DÍVIDA
Os generais não assassinaram e “desapareceram” apenas com pessoas, arruinaram também o futuro do país. Receberam a dívida em 1 BILHÃO, entregaram (?) o governo a Sarney (sócio, colaborador e cúmplice de tudo, além de herdeiro político e eleitoral) em 176 BILHÕES.
Em 21 anos, de 1964 a 1985, aumentaram essa divida em 176 vezes, passou a render juros escorchantes para beneficiar aproveitadores dos EUA. De 1 BILHÃO cresceu para 176 BILHÕES. E o que fizeram com tanto dinheiro? Nada, lógico.
Responsáveis diretos nos 21 anos: Castelo Branco, Costa e Silva, Medici, Ernesto Geisel, João Figueiredo, o menos culpado, não sabia de nada. Incluindo Golbery (presidente da Dow Chemicla), que mandava em todos. E os civis Roberto Campos e Delfim Netto. É como digo sempre, não existe “ditadura “civil ou militar”, eles se completam.
TRÊS PRESIDENTES ELEVARAM
A DÍVIDA PARA 200 MILHÕES
Sarney, Collor e Itamar, que se seguiram, contraíram mais “empréstimos”, sem deixar de pagar os juros, em 24 BILHÕES, colocando-a nesses 200 BILHÕES. Em 1990, escrevi: essa dívida já estava paga há muito anos, continuamos a “honrar” os juros, sem que a dívida diminuísse.
APARECE A DÍVIDA INTERNA
Começa com FHC, e foi se avolumando de tal maneira que “esqueceram” o destino da dívida externa. Lula falou muito sobre essa dívida, mas como acreditar num mentiroso de nascença, como Lula.
FHC até que não tem muita influência no crescimento da dívida externa. E os dados da dívida interna são precários e não confiáveis. Mas FHC tem que ser responsabilizado direta e pessoalmente pelas vergonhosas D-O-A-Ç-Õ-E-S do nosso patrimônio. Essas DOAÇÕES, tão ou mais ruinosas do que as DÍVIDAS.
BRASÍLIA SEM RUMO, SEM
ÉTICA E SEM CREDIBILIDADE
Inacreditável a próxima eleição para governador da capital. José Roberto Arruda e Joaquim Roriz, cassados e presos por corrupção, se dizem candidatos novamente a governador. E Agnelo Queiroz, com tudo o que já se publicou sobre ele, quer a reeleição.
Só falta o Berlusconi vir para o Brasil, se naturalizar e se candidatar. Os três brasileiros podiam montar comitê de campanha na Papuda. Ficariam perto e dividiriam os custos da eleição.
MANCHETE DE FOLHA
“Polícia investiga propina de 52 milhões em trens de São Paulo”. Desdobramento das denúncias do CARTEL da Siemens. Começou a ser investigado, foi notícia, desapareceu como os assassinados da ditadura e o Amarildo.
Quem recebia todo esse dinheiro? Acusados dizem que o pagamento “não era propina ou suborno”. A Siemens, através de seus poderosos e influentes dirigentes, insiste em dizer: “Continuamos colaborando nas investigações”.
A Siemens é inopresente: montava o CARTEL, enriquecia, fez a denúncia e se mantém como grande ganhadora das obras. Que permanecem CARTELIZADAS, com Alckmin candidato à reeleição.
DIREITO DE RESPOSTA
Deveria ser líquido e certo, sem precisar de legislação. O projeto apresentado pelo senador Requião deveria ser apoiado com entusiasmo por todos, sem ser considerado vingança, represália, contestação despropositada. No mesmo tamanho, local, desmentido. E o órgão que publicou a matéria e a resposta, ficaria à vontade para tratar do assunto.
A Constituição de 1988 trouxe uma extravagância, inovação esdrúxula, que favorece apenas um lado: a indenização por dano moral, que praticamente acabou com o processo por injúria, calúnia e difamação, que proporcionou magistrais debates entre grandes advogados.
Essa indenização até poderia ser aceita, se tivesse mão e contramão. Assim como está, qualquer corrupto pede esse dano moral, exigindo o que bem entender. Deveria haver a compensação.
Se a Justiça considerar que o corrupto que entrou com o pedido não tem direito ou razão, ele deveria pagar o mesmo que pretendia receber. Poderia até constar do projeto do senador Requião, é uma verdadeira complementação.
OS DONOS DO DINHEIRO
QUEREM ENRIQUECER MAIS
Não sou contra a greve por melhores salários. Principalmente nos poderosos, influentes e riquíssimos bancos. Os funcionários bancários (assim como os professores) ganham salários miseráveis. Sou contra os bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, seguirem ordens privadas.
Esses dois, pelo menos, deveriam conceder os aumentos, a diferença é de menos de 5%. Os particulares teriam que conceder o mesmo aumento, acabaria a greve. Ou o Banco do Brasil e a Caixa pertencem à Febraban e eu não sabia?
CONHECI MUITO FERNANDO PAMPLONA
Tinha um apartamento na Rua do Lavradio, ao lado da Tribuna, trabalhava na TVE, atrás da Tribuna. Eufórico, exuberante, entusiasmado, conversador, parecia uma pessoa comum.
PS – Mas em matéria de sabedoria carnavalesca, era o mestre dos mestres. Campeão quatro vezes, continuou o mesmo inovador e triunfador.
PS2 – Tinha ideias próprias sobre desfiles das Escolas, lutava para que elas não se transformassem nas “Grandes Sociedades” do antigo carnaval do Rio. Ensinava e advogava carros leves, de fácil manejo, e provava que eram mais bonitos.
PS3 – Quem é quem (ou já foi) nos desfiles das Escola, ensinado ou aprendeu com Pamplona. Joaozinho Trinta foi “inventado” por ele, seu assistente, apareceu na passarela fulgurante, aplaudindo e sendo aplaudido pelo mestre.
PS4 – Renato Lage, a vencedora de agora, Rosa Magalhães, se formaram com Pamplona, seguiram ou inovaram nas linhas traçadas por ele. E sempre reconheceram isso, Pamplona recebia com a simplicidade de sempre, No setor, não surgirá ninguém tão completo e autêntico quanto Fernando Pamplona. 

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