Antonio Cruz/ABr
Campos fez prestação de contas de ações ambientais durante seu governo em Pernambuco
RECIFE - Alvo de constantes questionamentos e críticas depois de se
aliar a ex-senadora Marina Silva para a disputa presidencial, o
presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, aproveitou um evento sobre clima nesta quinta-feira
(31), no Recife, para prestar contas de ações ambientais de seu
governo.
"É fundamental o investimento em tudo o que diz respeito
ao cuidado com a questão ambiental, com a redução de emissão [de
carbono]", disse Campos no seminário Pernambuco no Clima, desdobramento
de discussões iniciadas no ano passado na Rio+20.
Tanto Campos como Marina têm sido cobrados pelo passivo ambiental do Estado, principalmente o do complexo portuário e industrial de Suape, na região metropolitana do Recife.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, apresentou ações
e uma série de números de investimentos feitos durante a gestão Eduardo
Campos. Segundo Xavier, o governo do Estado está investindo atualmente
R$ 11,5 bilhões em áreas com conexão direta com o meio ambiente.
Saneamento e abastecimento representam R$ 9,7 bilhões desse valor, de
acordo com o secretário.
"É uma demonstração clara de que o governo está comprometido em fazer o
dever de casa. Por isso, Pernambuco pode exigir, sim, que o Brasil e
que o mundo também avancem nesse sentido", afirmou Xavier, que também
apresentou oficialmente a meta de transformar Fernando de Noronha (PE)
no primeiro território brasileiro com compensação total da emissão de
dióxido de carbono (CO2).
O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) negou que o evento desta quinta-feira
tivesse conotação eleitoral porque já estava sendo organizado desde o
ano passado, antes da aliança entre Campos e Marina.
Coube ao ex-deputado federal Fabio Feldmann (PV) a fala mais política
do evento que reuniu ambientalistas do Brasil e de outros países, como
Daniel Cohn-Bendit, presidente do Grupo dos Verdes no Parlamento
Europeu.
Para Feldmann, o Brasil vive um momento de "paralisação política" e é
preciso que surjam "lideranças". "As democracias são formatadas para
pensar no curto prazo. Normalmente, o curto prazo é o eleitoral. Aí
surge a ideia que temos de formatar, dar condições para lideranças. O
que estamos fazendo em Pernambuco é liderança", afirmou.
Agenda
Eduardo Campos embarca nesta quinta-feira para a Europa onde fica até o
próximo dia 9. Na agenda, há reuniões na Inglaterra e na Alemanha com
políticos e empresários com o objetivo de atrair investimentos para
Pernambuco.
Quando voltar ao Brasil, o governador deverá participar do primeiro
encontro regional do PSB e da Rede, em novembro, no Rio de Janeiro.
Em dezembro, haverá um novo encontro na Bahia. Nos dois primeiros meses
de 2014, Campos disse que haverá mais três reuniões, mas não revelou
onde elas ocorrerão.
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