Médico que fez o polêmico implante no cabelo de Renan tem uma longa lista de clientes na vida pública
Aline Moura - Diario de Pernambuco
Fernando Basto evita falar de preços e clientes, mas admite ter virado referência foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press |
Por questões de ética profissional, Fernando Basto não revelou os nomes e os números de cirurgias agendadas para repor, a partir de janeiro, a cabeleira de lideranças políticas famosas. Mas ele não nega, ao ser indagado pela reportagem, que o governador Eduardo Campos (PSB), cotado como presidenciável, tenha feito uma sondagem para fazer o tratamento reparador, que dura uma média de seis a sete horas, sem anestesia geral.
Aos 56 anos, Fernando Basto ressalta ter orgulho da carreira que construiu, sendo o homem que lançou a técnica de linha anterior e irregular, em 1993, e o primeiro a possuir o título da American Board of Hair Restoration Surgery. Disse ter conquistado influência no meio político graças ao boca a boca feito pelo então ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que fez uma operação capilar em 2007 e saiu do hospital rejuvenescido. Na época, Múcio estava bem calvo, mudou e o indicou aos amigos que sofrem com a calvície, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. “Não é que o político seja mais vaidoso. Mas ele constroi a sua vida e sua imagem ao longo dos anos e chega uma época que ele começa a perder essa imagem. Então, eles vão em busca da imagem perdida”, declarou.
Fernando Basto falou sobre sua carreira no apartamento onde mora, em Casa Forte, um imóvel decorado com muitas pinturas de mulheres e espelhos, num estilo clássico. Na sala, o médico que faz a delicada microcirurgia, deixa à mostra um violão, que gosta de tocar nas horas vagas. Admite que também é vaidoso e ressalta os motivos. “Tem pacientes que se emocionam tanto que choram… Na cirurgia plástica, existe uma fase interessante: o paciente não nos procura para se destacar, mas para se tornar igual aos outros. Na realidade é isso”, declarou o cirurgião que já atendeu a mais de 4.500 pacientes sem olhar as polêmicas que eles arrastam pela vida.
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