Museóloga entrega cargo no governo após polêmica

Carmen Lúcia Dantas se solidariza com jornalista
Foto: DIVULGAÇÃO
Por: FELIPE FARIAS - REPÓRTER/Gazetaweb
A museóloga Carmen Lúcia Dantas pediu ontem
exoneração do governo, em repúdio a um episódio que, segundo ela, “expôs
o governo do Estado a uma posição de conivência com a homofobia”.
Destacada e respeitada dentro e fora do ambiente acadêmico, professora
e pesquisadora, foi por duas vezes diretora do Museu Théo Brandão de
Antropologia e Folclore, cuja equipe de fundação chegou a compor.No governo do Estado, ela integrava o Conselho Editorial da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, na condição de titular, e era também do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes), como conselheira suplente.
Em mensagens em redes sociais e comentários feitos às notícias sobre sua saída, em portais de notícias, diversas pessoas a elogiaram e apoiaram sua atitude, que ainda é decorrência de comentários feitos também no Facebook pelo ex-secretário estadual de Educação, Adriano Soares da Costa, em que usou palavras chulas, em forte crítica aos casais homossexuais retratados na novela Amor à Vida, da TV Globo.
Por causa de uma postagem criticando o uso das palavras de baixo calão e em tom de homofobia, presentes na mensagem de Soares, a jornalista Lívia Vasconcelos, que atuava na Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplande), foi exonerada do cargo.
A decisão de Carmen Lúcia Dantas foi oficializada em nota encaminhada ao secretário de Planejamento, Luiz Otavio Gomes. Os dois colegiados dos quais a museóloga pediu exoneração estão subordinados à Secretaria de Planejamento.
Ela criticou a atitude do titular da pasta. “Coerente com minha posição política de defesa dos direitos humanos e de respeito à diversidade, repudio a atitude solidária de vossa senhoria ao advogado Adriano Soares, em episódio que culminou com a demissão da jornalista Lívia Vasconcelos e expôs o governo do Estado a uma posição de conivência com a homofobia”, escreveu Carmen Lúcia, em seu ofício pedindo exoneração.
Quando foi exonerado do cargo de secretário de Educação, Adriano Soares também usou o Facebook para fazer críticas à Josicleide Moura, atual secretária da pasta, numa atitude considerada, no mínimo, deselegante.
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