segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pela terceira vez, Petrobras vira tema de discussão em disputa presidencial


Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense
Os embates verbais travados na última semana entre os três principais postulantes ao Planalto em 2014 envolvendo a Petrobras comprovaram que a principal estatal brasileira, independentemente ou não de a CPI ser instalada no Congresso, estará no centro do debate eleitoral de outubro. No Recife, Dilma Rousseff afirmou que “não deixará a oposição destruir a Petrobras”; em Brasília, Eduardo Campos rebateu que a “Petrobras não vai se transformar em caso de polícia”; e em Salvador, Aécio Neves declarou que “a presidente terá de devolver limpo o macacão da Petrobras”.
A Petrobras como centro do debate eleitoral, contudo, não é novidade. Isso ocorre desde 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva derrotou José Serra na corrida presidencial. A eleição marcou o fim dos oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o candidato petista afirmou que, se eleito, toda a produção envolvendo a principal estatal brasileira seria nacionalizada: plataformas, estaleiros e outras compras governamentais.
Era uma resposta às suspeitas de superfaturamento na compra de plataformas no exterior e à estratégia, adotada pelo PSDB durante a gestão de FHC, de ampliar a participação externa da Petrobras, inclusive com a mudança do nome da empresa para Petrobrax. Naquele ano eleitoral, o volume de investimentos da Petrobras era de R$ 18,8 bilhões. Quatro anos depois, na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva pela reeleição, o valor de investimento da empresa quase dobrou, saltando pra R$ 33,6 bilhões. Mas a Petrobras, novamente, apareceu na campanha. Lula e o PT afirmaram que, se os tucanos voltassem ao poder, privatizariam a Petrobras e outras empresas públicas, a exemplo do que fizeram com a Vale do Rio Doce e as companhias telefônicas, no biênio 1997/1998.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGÉ garantido dizer que sempre houve fraudes e corrupção na Petrobras. Seu ex-presidente Shigeaki Ueki (conhecido à época como “o japonezinho do Geisel) que o diga. Fico milionário na empresa, comprou extensas terras no Texas e tem hoje dinheiro suficiente para comprar a refinaria de Pasadena, façam só uma ideia de seu poderio financeiro. A grande diferença das outras duas campanhas eleitorais é que, desta vez, são muitos casos de corrupção que se entrecruzam dentro de nossa maior empresa, que havia se tornado um orgulho nacional e hoje virou uma vergonha incondicional. (C.N.)
 
 

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