Ex-prefeito afirma que continua pré-candidato a vice e não acredita que Zé Filho mudará de ideia.
O ex-prefeito de
Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), comentou hoje (23) a intenção do senador
Aécio Neves (PSDB) em tê-lo como candidato ao governo do Estado e não a
vice de Marcelo Castro (PMDB). O tucano afirmou que não haverá
proibição por parte do diretório nacional da sigla e o candidato será
Marcelo Castro.
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
"Continuo
acreditando na palavra das pessoas. Não será por falta de apoio do PSDB
que o Marcelo deixará de ser candidato. Isso é decisão do partido,
minha, do Firmino [Filho], do Marden [Menezes], de todos", afirmou
Sílvio em entrevista ao Jornal do Piauí.
Sílvio
avalia a declaração de Aécio como uma atitude de carinho, de um amigo, e
garante que tudo que se passa no cenário político do Piauí é informado
ao senador e pré-candidato à Presidência da República. "Ele sabe de tudo
aqui no Piauí. Não precisa fazer reunião da executiva nacional para a
gente estar a par do que acontece lá e aqui. Não tem nenhuma novidade.
Apenas surge muito mais estórias para fora do que para dentro [do
partido]", explicou.
A
preocupação do PSDB nacional é garantir palanque para Aécio no maior
número de estados possível. Na aliança PMDB/PSDB/PSB estão inseridos
três presidenciáveis. Aécio disputará vaga no palanque com Eduardo
Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT), que tem o apoio do PMDB. "Meu
candidato a presidente chama-se Aécio. É um candidato que pode mudar o
Brasil. É uma mudança que o Brasil inteiro está pedindo e é necessária",
afirmou.
Em
relação a uma possibilidade de mudança no cenário político do Estado,
Sílvio disse que não acredita que a chapa sofrerá alteração ou que Zé
Filho (PMDB) mude de ideia e decida ser o candidato a governo.
"Conheço
[Marcelo Castro] há 50 anos, desde os bancos do Liceu. Todas as pessoas
que confiaram na sua palavra e que o elegeram todas o apoiam. Isso é um
sinal claro que ele cumpriu os compromissos. Ele conseguiu construir
uma aliança que parecia impossível. Ele não trouxe a família dele e isso
é relevante para tipo de política que se faz aqui. O filho dele, o
Castro Neto, que continua secretário, está pedindo exoneração para poder
acomodar um partido dentro de uma aliança. São atitudes de grandeza.
Marcelo tem dificuldades? Tem. Porque tem vários mandatos. A maior parte
da população nem está preocupada com eleição, embora seja importante
lembrar que política decide o nosso destino. Se a maior parte da
população não está preocupada com eleição, quem não o conhece vai mudar
de opinião", afirmou.
Além
disso, Sílvio nega qualquer tipo de problemas com Zé Filho e, citando o
exemplo do ex-governador Hugo Napoleão (PSD), deu um conselho. "Quando
ele [Hugo] voltou, depois da cassação do Mão Santa, o que foi que
fizeram com o deputado Hugo? Muitas pessoas parecidas com as que estão
no Palácio de Karnak hoje disseram um monte de coisas, fizeram várias
insinuações, todo mundo foi cuidar de sua campanha e deixaram ele
sozinho. O que aconteceu? Ele perdeu a eleição. Zé Filho tem que ter
cuidado para não cair no canto da sereia. Marcelo foi escolhido pelo Zé
Filho. Nunca mais conversamos, mas até o dia em que conversamos ele
disse a mesma coisa. Eu não acredito que ele vá mudar a palavra dele",
finalizou.( Cidadeverde)
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