quarta-feira, 23 de abril de 2014

Silvio diz que não seguira orientação do PSDB e manda recado para Zé Filho

Ex-prefeito afirma que continua pré-candidato a vice e não acredita que Zé Filho mudará de ideia.

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), comentou hoje (23) a intenção do senador Aécio Neves (PSDB) em tê-lo como candidato ao governo do Estado e não a vice de Marcelo Castro (PMDB). O tucano afirmou que não haverá proibição por parte do diretório nacional da sigla e o candidato será Marcelo Castro.

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

"Continuo acreditando na palavra das pessoas. Não será por falta de apoio do PSDB que o Marcelo deixará de ser candidato. Isso é decisão do partido, minha, do Firmino [Filho], do Marden [Menezes], de todos", afirmou Sílvio em entrevista ao Jornal do Piauí.

Sílvio avalia a declaração de Aécio como uma atitude de carinho, de um amigo, e garante que tudo que se passa no cenário político do Piauí é informado ao senador e pré-candidato à Presidência da República. "Ele sabe de tudo aqui no Piauí. Não precisa fazer reunião da executiva nacional para a gente estar a par do que acontece lá e aqui. Não tem nenhuma novidade. Apenas surge muito mais estórias para fora do que para dentro [do partido]", explicou.


A preocupação do PSDB nacional é garantir palanque para Aécio no maior número de estados possível. Na aliança PMDB/PSDB/PSB estão inseridos três presidenciáveis. Aécio disputará vaga no palanque com Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT), que tem o apoio do PMDB. "Meu candidato a presidente chama-se Aécio. É um candidato que pode mudar o Brasil. É uma mudança que o Brasil inteiro está pedindo e é necessária", afirmou.

 
 

Em relação a uma possibilidade de mudança no cenário político do Estado, Sílvio disse que não acredita que a chapa sofrerá alteração ou que Zé Filho (PMDB) mude de ideia e decida ser o candidato a governo.


"Conheço [Marcelo Castro] há 50 anos, desde os bancos do Liceu. Todas as pessoas que confiaram na sua palavra e que o elegeram todas o apoiam. Isso é um sinal claro que ele cumpriu os compromissos. Ele conseguiu construir uma aliança que parecia impossível. Ele não trouxe a família dele e isso é relevante para tipo de política que se faz aqui. O filho dele, o Castro Neto, que continua secretário, está pedindo exoneração para poder acomodar um partido dentro de uma aliança. São atitudes de grandeza. Marcelo tem dificuldades? Tem. Porque tem vários mandatos. A maior parte da população nem está preocupada com eleição, embora seja importante lembrar que política decide o nosso destino. Se a maior parte da população não está preocupada com eleição, quem não o conhece vai mudar de opinião", afirmou.


Além disso, Sílvio nega qualquer tipo de problemas com Zé Filho e, citando o exemplo do ex-governador Hugo Napoleão (PSD), deu um conselho. "Quando ele [Hugo] voltou, depois da cassação do Mão Santa, o que foi que fizeram com o deputado Hugo? Muitas pessoas parecidas com as que estão no Palácio de Karnak hoje disseram um monte de coisas, fizeram várias insinuações, todo mundo foi cuidar de sua campanha e deixaram ele sozinho. O que aconteceu? Ele perdeu a eleição. Zé Filho tem que ter cuidado para não cair no canto da sereia. Marcelo foi escolhido pelo Zé Filho. Nunca mais conversamos, mas até o dia em que conversamos ele disse a mesma coisa. Eu não acredito que ele vá mudar a palavra dele", finalizou.( Cidadeverde)

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