(Foto: Antonio Melo)
Às
6h40 desta quarta-feira(28), mais uma vida foi ceifada na base da bala.
Desta vez, o palco dos acontecimentos foi a estrada da Yamada, a 100
metros da delegacia do Bengui. Uma senhora de 56 anos saía para o
trabalho, numa clínica dentária localizada na avenida Duque de Caxias,
no bairro do Marco. A vítima se chamava Terezinha Almeida da Silva. O
acusado foi identificado como Edinaldo, conhecido como “Didi”, um
aposentado de 50 anos.
O suspeito parou seu veículo perto
do local do crime, de sua propriedade, desceu e, quando viu Terezinha
atravessar a rua para pegar o ônibus, matou-a covardemente com pelo
menos quatro tiros. O acusado entrou no carro e fugiu imediatamente. O
Ciop foi informado e o cabo PM Rowielson, do 24º batalhão, compareceu ao
local para constatar a situação. Depois, isolou a área e comunicou o
fato na seccional da Marambaia.
O delegado Arnaldo Mendes
compareceu ao local com uma equipe de investigadores, mas antecipou que o
fato será apurado pela delegacia do Bengui. Quando a reportagem chegou
ao local, assistiu a uma cena muito comovente. Dois irmãos da vítima, um
homem e uma mulher, estavam orando em cima do cadáver, já que a família
toda era religiosa, menos a doméstica. Raimundo Brasil, irmão dela,
aposentado de 60 anos, narrou toda a trajetória da vida de sua irmã. Ela
teve o primeiro relacionamento, do qual nasceram dois filhos. Se
separou e há 5 anos conheceu o acusado.
No começo, era uma lua de mel, mas
depois vieram as desavenças. Brigas e discussões eram cada vez mais
constantes. Há um ano ela se separou, mas ele não aceitou e passou a
perseguir a ex-mulher.
Terezinha ainda teve o cuidado de
procurar a Delegacia da Mulher para tomar providências diante das
ameaças que vinha sofrendo, mas as autoridades não levaram a sério. Na
última segunda-feira, “Didi” foi até a casa da ex e disse que queria
conversar com ela. Terezinha aceitou e os dois foram até uma praça perto
de sua casa e tentaram se entender, mas ela não queria mais nada com o
homem, estava cansada das brigas, e ele, num, gesto de fúria, passou a
espancá-la. Populares viram as cenas de agressão e deram uma surra em
“Didi”. Ele saiu do local declarando o seguinte para quem quisesse
ouvir: “Foi a última vez que tentei; não serás de ninguém”.
(Diário do Pará)
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