quinta-feira, 24 de julho de 2014

A diferença entre bandidos e perseguidos políticos



Carlos Chagas
Já imaginaram o Fernandinho Beira-Mar batendo na porta do Consulado do Uruguai para pedir asilo, dizendo-se perseguido político? Pois é. Tão hilariante quanto a hipótese de o bandido valer-se das estruturas do Direito Internacional foi o episódio do pedido de asilo por parte da advogada Eloísa Samy, declaradamente instigadora de assaltos, depredações e violência contra a ordem vigente.
Felizmente as autoridades consulares uruguaias negaram o asilo e puseram a agitadora para correr.  Mesmo  assim, outros arruaceiros estão tentando o mesmo absurdo como forma de chamar a  atenção dos incautos  e de escapar da polícia. O  agravante, no  caso da advogada, é que ela parece ter feito um péssimo curso de Direito,  para confundir assim as prerrogativas de perseguidos políticos com o absurdo  jurídico. Não se trata de criminalização sofrida por uma advogada, mas de distorção das funções de defensora dos oprimidos,  transformada em praticante de crimes capitulados no Código Penal.
Não tem limites a desfaçatez dessa quadrilha especializada em depredar patrimônio  publico e privado em nome da melhoria dos serviços que o estado deveria prestar. Acrescente-se a coincidência de que não raro invadem lojas e  super-mercados levando aparelhos eletrônicos e o mais que possam carregar. Poderiam  os “sem-televisão” ser incluídos na categoria dos perseguidos políticos?
Pelo jeito a polícia resolveu  agir, identificando e enquadrando os manifestantes mais violentos dos movimentos de protesto. Tomara que o  exemplo frutifique, porque enjaular  baderneiros e bandidos é obrigação do poder público. Já orientá-los para fugir como perseguidos políticos, jamais função de advogados.
SALTANDO DE BANDA?
Estranha é a opção adotada pelo Lula, de não acompanhar Dilma Rousseff em sua futura peregrinação eleitoral pelo país. Fica evidente que a liderança do ex-presidente o credencia para pedir votos para a sucessora, isoladamente ou ao lado dela. Só que a experiência revela a necessidade de se dirigirem em conjunto ao eleitorado.  Foi assim que a presidente elegeu-se com facilidade, em 2010. Tem gente achando que a divisão de tarefas é sinal de alguma desavença  entre eles. Na reunião de ontem  do comando de campanha de Dilma, no Alvorada, o tema foi examinado, mas sem conclusões.
 
 

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