(Foto: Elcimar Neves)
A
onda de sequestro relâmpago não para. Na noite da última segunda-feira
(21), o investigador de Polícia Civil Douglas Melo e família foram
alvos de um trio de jovens armados, no bairro da Pedreira, em Belém.
Dentre eles, dois rapazes que seriam adolescentes e Érica Favacho da
Silva, 18.
Segundo a polícia, o crime aconteceu na
avenida Marquês de Herval, por volta das 21h30, momento em que o
policial saía de casa com a esposa e os dois filhos dentro do carro.
Durante mais de dez minutos, as vítimas ficaram sob a mira de revólver,
foram ameaçadas constantemente e o policial foi obrigado a seguir
dirigindo o veículo na direção ordenada por eles. Douglas chegou a
receber várias coronhadas na cabeça pelos adolescentes, de 16 e 17
anos. O investigador lotado na Delegacia Fluvial precisou receber
atendimento médico.
Às proximidades do canal da Antônio
Baena, Douglas fez sinal de alerta para uma equipe de policiais
militares que estavam estacionados. Os policiais perceberam a ação
criminosa e interceptaram o veículo.
Os três jovens foram apresentados
naquela noite na Central de Flagrantes de São Brás como adolescentes e,
em seguida, transferidos para a Divisão de Atendimento ao Adolescente
(Data). Somente na manhã de ontem a polícia descobriu que Érica mentiu
sobre sua idade, encaminhando-a para a Seccional Urbana da Pedreira,
onde o assalto foi registrado.
Segundo policiais civis que atuam
naquele bairro, Érica já é conhecida por se envolver em assaltos desde
quando era adolescente. O delegado Walter Resende afirmou que, “no mês
passado, a garota cometeu pelo menos dois roubos, sempre na companhia
de adolescentes”.
Em conversa com o DIÁRIO, Érica revelou
que mora com a mãe e sempre negou a ela os envolvimentos nos crimes que
pratica desde a adolescência. “Enganava a minha mãe. Com esse
dinheiro, eu comprava roupa, sapato e gastava em festa”, afirma.
Segundo ela, não é usuária de drogas, mas fuma cigarros e ingere bebida
alcoólica.
Érica completou a maioridade há um mês.
Agora, deverá responder pelos crimes de roubo, sequestro e cárcere
privado, corrupção de menores e falsidade ideológica. Após ser
submetida a exame de corpo delito, a jovem foi encaminhada para o
Centro de Recuperação Feminina (CRF).
CORONEL
CORONEL
O sequestro relâmpago em que o
investigador foi vítima entra para a estatística da modalidade que tem
se tornado a cada dia mais frequente. Segundo reportagem divulgada pelo
DIÁRIO no último domingo, desde o primeiro dia deste ano até o dia 18
de julho, 78 casos foram registrados no Estado.
Na quarta-feira passada (16), um coronel
da Polícia Militar, também secretário de Segurança de Marituba, foi
vítima juntamente com a família no bairro do Jurunas, em Belém. Assim
como o investigador Douglas, o oficial Costa Júnior recebeu coronhadas
dos bandidos.
(Diário do Pará)
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