segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Detidos dois suspeitos de matar menina

Detidos dois suspeitos de matar menina (Foto: Dan Moraes/Divulgação)
Segundo o delegado Luiz Xavier, os dois suspeitos teriam combinado versão para contá-la à polícia. Crime chocou município de Curuçá (Foto: Dan Moraes/Divulgação)

Ainda dentro do estado de flagrante delito, a Polícia Militar de Curuçá deteve, na noite de sexta-feira (1), o suspeito de um dos crimes mais bárbaros ocorridos do município. Felipe Conceição Gomes, de 26 anos, conhecido como “Pinguim”, teria estuprado, degolado e matado Vitória Flávia Gomes Moraes, de sete anos, tendo como ajudante na empreitada criminosa Cleiton José Pinheiro Ferreira.
O autor da prisão foi o cabo PM Jurandir dos Santos Ferreira, que suspeitou de um comentário no velório da criança dando conta que Cleiton Pinheiro, no dia do crime, chegou em casa de roupa trocada e que isso nunca foi de costume do mesmo, e estava de posse de um terçado onde havia manchas de sangue.
Cleiton Pinheiro foi abordado saindo do velório da menina, tendo este confessado que esteve no local do crime. E foi além: disse que segurou os braços de Vitória Flávia enquanto “Pinguim” cortava o pescoço da menina.
Os dois, por medida de segurança, foram apresentados na Superintendência da Polícia Civil de Castanhal, perante o delegado Luiz Xavier, que determinou o flagrante. Eles foram ouvidos e com uma riqueza de detalhes contaram as circunstâncias do crime.
Felipe Conceição Gomes, o “Pinguim”, ouvido em depoimento, disse que esteve em um bar e à noite foi dormir em um sítio na localidade do Caju, em Curuçá, e de madrugada saiu para o mangal para catar caranguejo, levando três garrafas de cachaça e voltando às 15h afirmando que não praticou o crime.
O delegado Luiz Xavier, no entanto, destaca um ponto crucial para incriminar “Pinguim”. Além do depoimento do parceiro, que disse ter segurado menina para o acusado degolar, o mesmo disse que já foi abusado sexualmente por um morador de Marapanim e que ficou doente e tem dificuldade de se relacionar com mulheres.
O maranhense Cleiton José Pinheiro Ferreira, de 26 anos, entregou toda a situação fazendo uma trajetória sua no dia do crime até o momento em que, ao passar pela casa do avô da menina, viu a menor sozinha em um jirau. Então, chamou-a para ir até o mato e a levou pelo braço.
No local, ele passou as mãos no seio da menina e ela tentou impedir, tendo ele pedido para ela ficar quieta e, segurando a menina por trás como estivesse dando uma “gravata”, teria cortado o pescoço dela com um facão e depois introduziu o dedo na vagina da criança.
O delegado Luiz Xavier apreendeu o facão. Ele acredita em história combinada entre Cleiton e Felipe. No primeiro depoimento, Cleiton acusa Felipe de ter cortado o pescoço da menina e logo depois assume o crime. O delegado tem depoimentos de testemunhas que afirmam ter visto os dois suspeitos por trás da casa onde a menina estava e o policial os autuou em flagrante conforme manda a lei.
O corpo da menina foi velado na comunidade do Caju, em Curuçá, e depois enterrado com um acompanhamento de grande número de pessoas revoltadas com o bárbaro crime.
(Diário do Pará)



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