Segundo o delegado Luiz Xavier,
os dois suspeitos teriam combinado versão para contá-la à polícia. Crime
chocou município de Curuçá (Foto: Dan Moraes/Divulgação)
Ainda
dentro do estado de flagrante delito, a Polícia Militar de Curuçá
deteve, na noite de sexta-feira (1), o suspeito de um dos crimes mais
bárbaros ocorridos do município. Felipe Conceição Gomes, de 26 anos,
conhecido como “Pinguim”, teria estuprado, degolado e matado Vitória
Flávia Gomes Moraes, de sete anos, tendo como ajudante na empreitada
criminosa Cleiton José Pinheiro Ferreira.
O autor da prisão foi o cabo PM Jurandir dos
Santos Ferreira, que suspeitou de um comentário no velório da criança
dando conta que Cleiton Pinheiro, no dia do crime, chegou em casa de
roupa trocada e que isso nunca foi de costume do mesmo, e estava de
posse de um terçado onde havia manchas de sangue.
Cleiton Pinheiro foi abordado saindo do
velório da menina, tendo este confessado que esteve no local do crime. E
foi além: disse que segurou os braços de Vitória Flávia enquanto
“Pinguim” cortava o pescoço da menina.
Os dois, por medida de segurança, foram
apresentados na Superintendência da Polícia Civil de Castanhal, perante o
delegado Luiz Xavier, que determinou o flagrante. Eles foram ouvidos e
com uma riqueza de detalhes contaram as circunstâncias do crime.
Felipe Conceição Gomes, o “Pinguim”, ouvido
em depoimento, disse que esteve em um bar e à noite foi dormir em um
sítio na localidade do Caju, em Curuçá, e de madrugada saiu para o
mangal para catar caranguejo, levando três garrafas de cachaça e
voltando às 15h afirmando que não praticou o crime.
O delegado Luiz Xavier, no entanto, destaca
um ponto crucial para incriminar “Pinguim”. Além do depoimento do
parceiro, que disse ter segurado menina para o acusado degolar, o mesmo
disse que já foi abusado sexualmente por um morador de Marapanim e que
ficou doente e tem dificuldade de se relacionar com mulheres.
O maranhense Cleiton José Pinheiro Ferreira,
de 26 anos, entregou toda a situação fazendo uma trajetória sua no dia
do crime até o momento em que, ao passar pela casa do avô da menina, viu
a menor sozinha em um jirau. Então, chamou-a para ir até o mato e a
levou pelo braço.
No local, ele passou as mãos no seio da
menina e ela tentou impedir, tendo ele pedido para ela ficar quieta e,
segurando a menina por trás como estivesse dando uma “gravata”, teria
cortado o pescoço dela com um facão e depois introduziu o dedo na vagina
da criança.
O delegado Luiz Xavier apreendeu o facão.
Ele acredita em história combinada entre Cleiton e Felipe. No primeiro
depoimento, Cleiton acusa Felipe de ter cortado o pescoço da menina e
logo depois assume o crime. O delegado tem depoimentos de testemunhas
que afirmam ter visto os dois suspeitos por trás da casa onde a menina
estava e o policial os autuou em flagrante conforme manda a lei.
O corpo da menina foi velado na comunidade
do Caju, em Curuçá, e depois enterrado com um acompanhamento de grande
número de pessoas revoltadas com o bárbaro crime.
(Diário do Pará)
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