segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eduardo e Frente Popular reforçam discurso da automotivação para manter ânimo da militância

 

 

Wagner Ramos/Divulgacao
Wagner Ramos/Divulgacao
A capacidade de se adaptar às adversidades da campanha é atributo essencial para quem está numa disputa política.
O discurso, principalmente, precisa ser ajustado aos contratempos para evitar que a realidade de números ruins, por exemplo, faça com que a militância esmoreça.
Afinal, com apoiadores desmotivados, o efeito negativo dos índices pode gerar uma onda maior devastadora de desestímulo.
Wagner Ramos/Divulgacao
Wagner Ramos/Divulgacao
Escrevi sobre isso na coluna Diario Politico deste domingo (03.08). E ontem mesmo Eduardo Campos, líder maior do PSB, deu declarações “de ânimo” que se encaixam perfeitamente no que aponta o texto.
As falas valem tanto para a sua candidatura ao Planalto quanto para a postulação do afilhado Paulo Câmara ao governo do estado, projetos que não têm conseguido aderência junto ao eleitorado.
Em Caruaru, onde comandou carreata, Eduardo se disse “muito animado, muito animado”.
Aluisio Moreira/Divulgacao
Aluisio Moreira/Divulgacao
E foi adiante ao avaliar o evento: “Eu conheço campanha. Foi extraordinário, uma grande largada, daqui para frente é só isso. O que a gente viu é a expressão do que a gente vai ver quando a campanha começar”.
“A campanha nem começou ainda. A campanha começa quando o horário eleitoral chamar a atenção das pessoas. Estou completamente seguro. O povo está animado, vamos construir uma belíssima vitória”, afirmou.
O ex-governador disse ainda que não é homem de pesquisas, mas de urnas, indicando confiança de que os percentuais negativos de agora serão revertidos nas urnas.
Eduardo, como líder que é, vai cumprindo o seu papel de injetar gás nas campanhas.
Agora, o comentário da coluna:
Haja automotivação
Se depender do otimismo expresso em palavras pelos candidatos e seus aliados, ninguém perde a eleição.
Rodrigo Lobo/Divulgacao
Rodrigo Lobo/Divulgacao
Obviamente, concorrentes e apoiadores precisam se manter estimulados e, principalmente, aptos a injetar ânimo na militância.
Afinal, se o ambiente positivo não for cultivado fica impossível de enfrentar reveses, como, por exemplo, estancar em pesquisas de intenção de voto.
E é exatamente isso que estão tratando de fazer os socialistas em relação às candidaturas de Eduardo Campos ao Planalto e de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco.
Não titubeiam em afirmar que o jogo vai virar assim que o guia eleitoral for iniciado. Acreditam que adversidades superadas em outras eleições lhes dão know-how para vislumbrar dias melhores.
Já houve quem dissesse, inclusive, que Câmara vai vencer com 1 milhão de votos de diferença.
Rodrigo Lobo/Divulgacao
Rodrigo Lobo/Divulgacao
Os partidários de Aécio Neves em Pernambuco também creem que o pífio desempenho do senador em pesquisas no estado será revertido (6%, segundo o Ibope).
Dizem que no segundo turno o eleitor de Eduardo vai aderir ao palanque tucano. E que, com as condições de igualdade estabelecidas na etapa final da campanha, Aécio vai surpreender no estado.
Na última sexta-feira (01.08), o empate técnico apontado pelo Ibope entre a presidente Dilma (41%) e Eduardo (37%) em Pernambuco virou pó nas previsões de petistas.
Eles têm certeza de que, com o caminhar da campanha, ela ampliará e consolidará a diferença do socialista.
Tudo na apenas na base da esperança e confiança. Nada de estudos ou prospecções científicas.
Mas, ainda assim, não há como deixar de reconhecer que se trata de um exercício de automotivação exemplar para quem não pode jogar a toalha jamais.
Os políticos, pode-se concluir, são mesmo seres com uma infinita capacidade de criar verdades.(Diário de Pernambuco )

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