Em meio a esse mar de lama, é certo que nosso país não precisa de presidentes de terno Armani (Lula), de Ferrari (Collor), de Ford Fundation (FHC) ou de Louis Vuitton (Dilma). Nosso ideal é alguém como o presidente uruguaio Jose Pepe Mujica, totalmente avesso a vaidades, luxos e consumismos, mas sempre atento aos interesses de sua gente.
É o único governante de classe média baixa que não mora em palácio e não aceitou se desfazer do seu Fusca azul, modelo 1987, nem mesmo pela espantosa quantia de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões), oferecida por um árabe exibicionista no último encontro G77+China, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
De início, Mujica afirmou que, caso vendesse o veículo, iria destinar o dinheiro para programas sociais do governo. Mas depois abandonou a idéia, argumentando que, caso vendesse o automóvel, ofenderia aos amigos que juntaram dinheiro para ajudar a adquirir o carrinho por 70 mil pesos uruguaios (cerca de R$ 5 mil).
“VAQUINHA” DOS AMIGOS
O presidente uruguaio tem dois Fuscas, para a eventualidade de um deles enguiçar. Um deles foi comprado graças a essa “vaquinha” dos amigos. Por isso, afirmou que os Fuscas irão “vegetar” na garagem de sua casa enquanto ele e sua mulher, a senadora Lucía Topolansky, estiverem vivos.
“Não sei se algum dia vamos ou não vender o carro, mas enquanto eu estiver vivo, ele vai dormir no galpão e vai dar uma voltinha”, afirmou Mujica, que doa grande parte de seu salário para ações sociais, e sua mulher faz o mesmo. Ele está deixando o governo do Uruguai, mas será para sempre idolatrado pelo povo.
Que diferença para os políticos brasileiros e do resto do mundo, hein? Mas sonhar ainda não é proibido. Talvez um dia cheguemos lá.
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