Everton Pereira aceitou realizar tratamento contra vício em crack.
Em 12 de outubro, ele avisou a polícia sobre um estupro em Porto Alegre.
Everton buscará reabilitação (Foto: Reprodução/Clínica Veterinária Valle di Assisi)
O morador de rua que ficou conhecido após salvar uma adolescente de um
estupro em Porto Alegre viajou a Santa Catarina nesta sexta-feira (31)
para tratar o vício em crack em uma clínica de reabilitação. A decisão
foi tomada após uma conversa com a veterinária Sílvia Mara, que havia
dado a Everton Pereira um emprego e o ajudado a alugar uma casa.Os dois voltaram a se encontrar na quinta-feira (31) para uma conversa, um dia após ele ter vendido televisão, bicicleta e aparelho de som e voltar a consumir a droga. Silvia está animada com a escolha do amigo. Já avisou a esposa e os dois filhos de Everton, que moram em São Lourenço do Sul, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Ela não revela o nome da clínica, mas afirma que conseguiu uma vaga através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Everton atuava como auxiliar na clínica da veterinária. Executava diferentes tarefas, desde dar alimentação aos animais até fazer a limpeza do local. Na noite de terça para quarta (29), vendeu os itens de sua casa alugada e sumiu. A veterinária foi atrás do homem onde ele costumava viver, próximo da Usina do Gasômetro, um dos cartões-postais da capital gaúcha, e o convenceu a realizar o tratamento.
Silvia afirma ter convencido Everton a se internar
em clínica de reabilitação (Foto: Leo Urnauer/G1)
Morador testemunhou estuproem clínica de reabilitação (Foto: Leo Urnauer/G1)
Na noite de 12 de outubro, Everton e outros moradores de rua testemunharam o estupro de uma adolescente de 16 anos nas imediações do local onde vive, entre a Usina do Gasômetro e o Anfiteatro Pôr do Sol.
Segundo a Brigada Militar, a jovem foi levada para o local por dois homens. Alertada pelo morador de rua, a polícia prendeu os dois agressores: um jovem de 25 anos e um homem de 56 anos, que ainda tentou fugir e atirou contra os policiais.
A menina foi internada no Hospital Fêmina após o crime e teve alta dois dias depois. O pai, que prefere não se identificar para evitar a exposição da filha, acredita que se não fosse Everton e os outros moradores de rua que estavam com ele, as consequências seriam ainda piores. "Eles se preocuparam em se deslocar até a polícia para avisar. Se não fossem eles, poderiam até ter matado ela, depois de consumarem o ato", avalia.
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