O deputado federal Eduardo Cunha, líder do PMDB e candidato favorito para presidir a Câmara dos Deputados, afirmou que seu partido será “radicalmente contrário a qualquer projeto que tente regular de qualquer forma a mídia”, proposta que o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, anunciou na sexta-feira.
Algumas horas após o anúncio de Berzoini, Cunha fez uma série de manifestações em seu Twitter e afirmou que “incomoda é muito o PMDB a tentativa de regulação da mídia proposta pelo ministro do PT”.
Berzoini foi indicado pelo PT para a pasta com a missão de tocar o projeto. Ele era ministro das Relações Institucionais, mas foi deslocado no segundo mandato de Dilma para as Comunicações.
Apesar da ideia do petista de promover um amplo debate, conduzido pela pasta, para regulamentar os artigos da Constituição Federal que tratam da Comunicação Social, Cunha afirmou que “não aceitamos nem discutir o assunto”.
AMPLO DEBATE
Segundo Berzoini, o ministério vai ouvir os setores empresariais, sindicais e organizações sociais para formular a proposta final de regulamentação da mídia.
Em disputa pela presidência da Câmara com o petista Arlindo Chinaglia, o deputado peemedebista ainda afirmou em seu Twitter: “Não confundam a pauta congressual da governabilidade que apoiaremos com a pauta ideológica do PT, que não apoiaremos de forma alguma”.
Em referência a Olavo Chinaglia, advogado que integrou o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Cunha alfinetou seu oponente: “Que independência pode ter quem acabou de deixar a liderança do governo, nomeou o filho e era a favor dos conselhos populares?”.
Além do líder peemedebista e Chinaglia, o deputado de PSB Júlio Delgado também lançou seu nome na disputa pela presidência da Câmara. Ele conta com o apoio de outros partidos oposicionistas como o PSDB, PPS e PV.
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