segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Profissionais do sexo contam que dinheiro e presentes caros são realidade



Polícia aponta perigos que rondam esse mundo


Desde a primeira aparição da atriz Paolla Oliveira na minissérie Felizes para sempre? na pele da sensual garota de programa Danny Bond, os burburinhos sobre o mercado da prostituição de luxo não saem das rodas de conversa. Universitária, com corpo escultural e discrição, na trama, a jovem cobra R$ 4 mil por hora. Engana-se quem pensa que a ostentação é só cena de novela. A capital do país sustenta uma realidade igual. Mulheres bonitas, bem vestidas e que investem na aparência cobram cifras altas para desfilar ao lado de quem está disposto a pagar pela companhia. Há quem desembolse até R$ 20 mil por mês.
 
 

 
 
Na semana passada, o Correio conversou com várias garotas de programa de luxo que atendem em endereços nobres de Brasília. Segundo elas, os clientes investem altos valores, dão viagens e presentes — os preferidos são joias, relógios, óculos e sapatos — em troca de algumas horas de sexo. Elas cobram, no mínimo, R$ 500 a hora. “Eles não têm problemas em pagar. Quando nos procuram, sabem o nosso valor. E, assim como eles, gostamos de restaurantes e hotéis bons. Eu me visto bem, sei me portar em uma mesa e satisfaço meu cliente. Eu mereço cobrar um valor alto, não acha?”, questionou uma garota de 26 anos, que não quer ter o nome divulgado. Ela faz programas há oito anos e começou porque queria juntar dinheiro. “Hoje, já tenho uma vida estável. Consigo viajar, trocar de carro e ir a boas festas”, garantiu.

Embora o mercado seja lucrativo e atraente, há um prazo curto de idade para que elas se aposentem — geralmente até os 30. Por isso, enquanto podem, fazem investimentos imobiliários e bancários. “Em 10 anos de Brasília, consegui comprar quatro apartamentos. Por enquanto, estou satisfeita em fazer os programas. Vou parar quando puder viver de renda”, contou uma garota de programa, que cobra R$ 600 por uma hora de companhia e uma única relação sexual. A jovem não fala sobre o lucro mensal, mas mora no Sudoeste, cursa administração em uma universidade particular de Brasília, anda com carro do ano e investe firme no corpo e nos estudos. “Ter assunto se tornou mais rentável do que medidas exageradas”, diz.

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