Moradores da travessa WE-19 no conjunto Cidade Nova II em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém se surpreenderam na tarde de sábado (28), logo após a forte chuva, com um corpo de um homem todo amarrado e estrangulado no meio da rua.
Os assassinos, que estavam em um carro Palio vermelho, aproveitaram a hora da chuva forte para desovar o cadáver no local. A vítima trajava bermuda colorida com uma camisa preta no pescoço escondendo um fio elétrico que mostra ter sido o rapaz morto por asfixia.
Uma testemunha ouvida pelo DIÁRIO disse que o carro Palio vermelho peliculado de placa não anotada circulava pela Cidade Nova II antes mesmo da chuva cair e em seguida se aproveitaram de não ter pessoas nas ruas para jogar o corpo que estava no porta-malas.
“Eles trafegavam devagar e a uns cem metros daqui fizeram a primeira investida deixando o cadáver atrás de uma Kombi estacionada, mas o morador que estava no pátio percebeu o veículo e foi olhar e eles imediatamente fecharam o porta-malas e saíram devagar” disse a testemunha.
A cem metros da primeira investida os assassinos conseguiram retirar o corpo do carro e jogar na beira da calçada de uma casa. Um morador que estava na janela acreditou que se tratava de um animal morto e tentou sair para chamar atenção dos homens que estavam no carro. E então percebeu se tratar de uma pessoa.
A viatura 0605 do soldado PM foi acionada pelo Ciop para atender a ocorrência, isolando o local até a chegada de peritos do Instituto de Criminalística e uma equipe da Divisão de Homicídios sob o comando do delegado Lenoir Cunha.
O delegado Lenoir Cunha, que acompanhou o trabalho dos peritos Jadir e Marco Aurélio, disse que a vítima foi amarrada com cordas e estrangulada com um fio elétrico apresentando no corpo tatuado os nomes “Joyce” e “Gilvane”, além de uma carpa.
“Nós verificamos que o corpo tinha alguns ramos de samambaia dessas que se cultivam em casa e pode também ser encontrada no mato o que dá para imaginar o local onde o rapaz foi morto. Quem tiver alguma informação pode ajudar a polícia através do telefone 181”, disse o delegado Lenoir Cunha.
Andando no meio dos curiosos que se acotovelavam para acompanhar o trabalho da perícia, o DIÁRIO anotou um diálogo de um rapaz dizendo. “Esse vagabundo já foi tarde. Ele mereceu o que teve”. Outro morador da área disse apenas que se tratava de um rapaz conhecido como “Macaco” cujo Boletim de Ocorrência foi registrado na Seccional Urbana da Cidade Nova como “desconhecido”.
(Diário do Pará)
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