quinta-feira, 2 de abril de 2015

AJUSTE FISCAL SIGNIFICA AUMENTAR IMPOSTOS E CORTAR DIREITOS



Celso Serra
O mais que certo agravamento da situação econômica no Brasil irá elevar o volume da confusão já implantada no país por vários anos de governos ineptos, gastadores, falastrões e usuários de contabilidades criativas.
Aplicar ao mesmo tempo um ajuste fiscal e monetário, no atual contexto de recessão da economia brasileira, parece ato sem antecedentes de pleno êxito na economia mundial.
O Brasil chegou a essa precária situação graças a medíocre, enganosa e inconsequente política econômica levada a efeito nos últimos anos por Dilma e sua olímpica, subserviente e maquiadora equipe, principalmente na adoção de estímulos monetários e fiscais, o que resultou no agravamento da dívida pública e elevação da inflação, propiciando a queda do nível da atividade produtiva e culminando na atual recessão por que passa o país. Recessão com inflação (se existisse o termo em economês, seria “receflação”), o que, sem dúvida, possui características mais graves que a estagflação, ou seja, a inflação com a economia estagnada.
Nessa situação delicada e de alto risco, o ajuste se apresenta como vital para tentar recuperar a credibilidade da política fiscal e manter a inflação sob controle, de modo que o país possa preservar a esperança de voltar para a desprezada e perdida normalidade econômica, obtida no passado por meio de enormes sacrifícios da população brasileira.
CRISE DE CONFIANÇA
Agravando a situação em que o Brasil foi atirado por teimosa e patente incompetência, a carga tributária imposta ao povo e também às empresas é descomunal para um país de economia emergente como o nosso, fato que se agrava quando consideramos a baixíssima qualidade dos serviços públicos oferecidos aos contribuintes. O brasileiro paga por serviços públicos que não recebe e, quando recebe, são de péssima qualidade.
Esse contexto resultou na atual crise de confiança e crescentes reclamações por parte dos componentes de todas as camadas sociais (trabalhadores, políticos e empresários, exceto banqueiros fora, beneficiados, à saciedade, nos últimos governos petistas) por já terem constatado que o governo federal quer aumentar a carga tributária, encolher direitos trabalhistas e amputar recursos destinados a Estados e municípios.
Tudo isso, sem que o governo federal leve a efeito o menor esforço para diminuir a obesa máquina pública e o fortemente criticado aparelhamento do Estado pelo PT. O governo dá sinais inconfundíveis que não deseja nem pretende cortar a própria carne.
Em sã consciência, não parece existir a menor dúvida que o ajuste fiscal seja necessário, pois poderá colaborar para a extinção das incertezas sobre a solvência do Brasil. Também parece medida inevitável a elevação dos juros, objetivando controlar a inflação – que representa o pior dano que um trabalhador pode sofrer em seu salário.
SEM CORTE DE DESPESAS?
Por outro lado, há forte corrente de economistas que julgam que o modo mais eficaz do Brasil sair da crise em que foi colocado pelas nocivas administrações petistas, seria atrelar o ajuste no corte das despesas estatais e na adoção de medidas para efetivamente melhorar a produtividade e restaurar o ambiente de confiança nos negócios.
Essa corrente é de opinião serem necessárias as reformas trabalhista e tributária, além da adoção de um programa que torne possível a alocação de expressivos investimentos em infraestrutura, com seguras garantias e previsões de retornos que voltassem a atrair investidores nacionais e internacionais, pois está mais do que comprovado que o capital sempre migra para locais mais seguros e de melhor remuneração.
Os discursos da presidente Dilma durante a campanha eleitoral, exuberantes em parlapatices, foram lastreados em diagnóstico no qual nem mesmo ela parecia ou deveria acreditar e nas afirmações e reafirmações aos eleitores de que nada havia de errado na política econômica brasileira.
Comboios e mais comboios de lorotas, sopradas por marqueteiros apenas preocupados em faturar a grana fácil que havia chegado aos cofres do PT e sem a menor responsabilidade com o futuro do país e de seus habitantes. Foi feito o diabo na a campanha…
PAÍS À DERIVA
Decorridos poucos meses, a verdade veio à tona. E a confiança dos brasileiros na presidente da República chafurdou nas mentiras contadas durante a campanha eleitoral e no lodo da corrupção.
O futuro irá mostrar se o governo Dilma 2 – considerando a verdadeira catástrofe que foi o Dilma 1 – será capaz de agir com a eficiência que a situação requer para tirar o Brasil da posição calamitosa em que foi colocado pelos sucessivos e inconseqüentes atos consumados por perdulários e fanfarrões governos petistas.
Mas o fato é que o governo Dilma 2 está a bordo de embarcação fazendo água, com tripulação em sua maior parte desqualificada e em plena tormenta, navegando em monumental e comprovado oceano de corrupção.

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