A principal mudança foi retirar um grupo viciado no poder, agora o Maranhão tem um governador que, ao menos em tese, deverá promover a alternância.
O novo governador tem sido populista, vai onde o povo está, fala aquilo que o povo quer ouvir.Mas não é só falácias.Durante esses quase cem dias, observei coisas importantes. Já que foi o próprio Flávio que disse numa reunião com jornalistas e blogueiros que gostaria de ser criticado, fico à vontade para lhe falar não apenas como aliado político, mas, sobretudo, como crítico da política.
As espectativas são grandes para que o governo da mudança aconteça. Perto de completar os cem dias do novo governo, as mudanças parecem demorar acontecer. Mas tem justificativa, os rombos foram muitos e ninguém consegue consertar em tão pouco tempo aquilo que estava viciado pela corrupção e roubo do erário público.
Nesse sentido, parece que o nosso governador está seguindo à risca suas palavras, ditas na tarde de sua posse no Palácio dos Leões, “não deixará roubar”, “os leões daquele palácio não vão comer a carne do povo”. Nesse sentido, o governador deverá ficar de olhos abertos nos antigos gargalos da corrupção, uma delas, e digo com propriedade ainda é o Porto, mas tem o Detran, os serviços terceirizados, etc… Olho vivo, governador…
A primeira etapa do novo governo está se esgotando, uma das metas é melhorar o IDH das cidades mais pobres do Brasil, que, infelizmente, estão no Maranhão.
Se formos colocar por ordem, as demandas são muito mais do que os parcos recursos, ainda mais depois dos estragos deixados nas principais secretarias, Saúde (uma bomba relógio), Educação e Segurança. Das três, a que mais está dando resultados imediatos é secretaria de Segurança. Mais ainda falta muito. A PM precisa estar nas ruas, ninguém aguenta tanta violência.
O Maranhão nesses primeiros meses segue na direção certa, a equipe de Flávio Dino está cortando gastos e buscando alternativas. Uma das mais importantes foi cortar os banquetes, hoje, só entra marmitex no Palácio. Precisa também cortar os “jetons” uma mensalidade que cada secretário vai receber de acordo com as reuniões que participar.
Cito o exemplo do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Bira do Pindaré (PSB), que foi contra o “mensalinho” e se negou receber do “Conselho de Secretários do Governo do Maranhão”. Vai participar das reuniões, mas sem receber jeton. Boa, Bira.
Flávio Dino não está cego, mudo e surdo, como os gestores anteriores.Sua boa vontade está lhe permitindo dar passos de fé para ir adiante, e posso garantir que desde aquela abençoada tarde da posse, está empenhado em mudar o Maranhão para melhor.
Na minha opinião, um dos acertos foi reduzir, assim como fez o governador de Brasília, a alíquota de ICMS do Querosene de Aviação (QAV) para favorecer o turismo maranhense.
Muita coisa deveria escrever sobre a mudança, da importância da derrubada do Clâ Sarney, da abertura que o Maranhão teve ao se permitir trocar de comando. Poderia escrever muitas coisas, mas as loas deixarei para os profissionais da Secom, jajá este tema vai ganhar notoriedade. Alem de ter que tolerar as matérias bobas dos blogues da oposição afirmando que não houve mudanças, o mesmo que os “sem dias”.
Minha opinião sobre a pessoa do governador é que ele será um pai, um pai dos órfãos do Maranhão, do povo que foi castigado. Flávio é pai que sofreu perdas, que chora, mas que sente prazer em abraçar o povo sofrido. Flávio Dino caminha para ser pai adotivo. Esse deverá ser o seu perfil de agora em diante.
Aquele que deveria chegar, chegou, mesmo com o atraso de décadas, sob a chibata de uma tirania que castigava o povo do Maranhão, Flávio Dino deverá seguir o que mandam as leis, sobretudo cuidar para que outros viciados pelo poder não se instalem com o intuito de prender novamente o povo. Essa construção se dá através da justiça e educação, principais pilares da sociedade.
Que faça cumprir as outras importantes metas de seu governo até que chegue o fim de seu mandato.
Que nessa páscoa aconteça a sonhada ressurreição, que Deus abençoe o governador.( Do Blog do Ricardo Santos /JP)
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