João ValadaresCorreio Braziliense
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, vai ficar em silêncio durante depoimento marcado para a próxima quinta-feira na CPI da Petrobras. Num acordo com o Partido dos Trabalhadores (PT), alegará o direito constitucional de permanecer calado e deve comunicar que responderá apenas em juízo.
A estratégia do PT é não oferecer munição à oposição, que fará o segundo grande ato de protesto contra a presidente da República Dilma Rousseff, no próximo dia 12, três dias após a ida do petista ao colegiado. Os oposicionistas esperam colocar o dobro de gente na rua e, assim, reforçar o apoio para o impedimento da presidente.
O PT avaliou que, às vésperas da manifestação, a fala do tesoureiro poderia ser desastrosa para os planos de recuperação de popularidade de Dilma, que começaram a ser postos em prática. Cinco dias antes do primeiro protesto contra a presidente, o depoimento bombástico do ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco, prestado em 10 de março, aumentou ainda mais a insatisfação contra a gestão da petista. Serviu como combustível.
Considerado um dos principais operadores do esquema, Barusco era o braço direito de Renato Duque na diretoria de Serviços. Ele contou que o PT pode ter recebido até 200 milhões de dólares com o esquema durante 10 anos.
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