O DIÁRIO conversou com a promotora Ana Maria Magalhães, uma das ameaçadas de morte. “Eu sou a única promotora criminal de Castanhal e avalio que as ameaças são para mim, mesmo”, ela disse. “O Estado não pode fechar os olhos ao que vem acontecendo nos presídios”, destacou a promotora, que, além de Arnaldo Azevedo, também citou o promotor Daniel Barros como outro ameaçado pelo Primeiro Comando do Norte (PCN).
A promotora Ana Maria Magalhães lembrou que o PCN é originário do Estado do Amazonas, mas que se instalou com força total nos presídios do Pará, sobretudo no Presídio Estadual Metropolitano (PEM III), que integra o Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará. “A morte de duas mulheres, no mês passado, na BR-316 por bandidos após uma tentativa de resgate de presos no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II-CRPII, no Complexo de Americano foi coordenada por esse grupo”.
Segundo elas, integrantes do PCN vieram de Manaus para Belém para matar um bandido. E alcançaram seu objetivo. Três pessoas foram presas na operação. “Esse grupo controla o presídio, onde existem vários presos que foram denunciados pela gente. Eu nunca tratei nenhum preso mal. Mas não passo a mão na cabeça de ninguém. Violou a Lei, é denunciado. Cumpro meu dever”, afirmou.
(Luiz Flávio/Diário do Pará)
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