( São Luis )O eletricista montador Humberto Santos Carneiro, de 33 anos, conhecido como “Célio” ou “Pezão”, foi executado com vários tiros na tarde do dia (25), por volta das 16h30, na feira do Bairro do Anjo da Guarda. Segundo informações obtidas pelo Jornal Pequeno, por meio de fontes na Polícia Militar, apesar de ser empregado de uma empresa terceirizada da mineradora Vale, “Célio” comandaria o tráfico de drogas na comunidade conhecida como Mangueirão, na área Itaqui-Bacanga, e sua morte estaria ligada ao assassinato de outro traficante, identificado como Venceslan Sobreiro Lima, o “Funil”, ocorrido em setembro de 2015.
De acordo com o que foi repassado à redação do JP, Humberto Carneiro estava dentro de seu carro, um Novo Uno prata, junto com sua mulher, ao lado do Supermercado Carone – na avenida principal do Anjo da Guarda, quando os autores dos disparos, em numero de quatro, se aproximaram e efetuaram os primeiros tiros pelo lado do passageiro. Atingido na altura do abdômen, “Pezão” saiu do carro e correu para dentro da feira daquele bairro, sendo perseguido pelos suspeitos, que continuavam atirando contra a vítima.
Não aguentando mais correr, Humberto caiu no interior de um açougue e foi alvejado mais algumas vezes. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda o socorreu, mas ele não resistiu aos ferimentos ainda no interior da ambulância, que seguiu direto para o Instituto Médico Legal (IML).
MULHER SALVA POR PM
Após matarem “Pezão”, os quatro suspeitos, que estavam todos encapuzados, seguiram para executar a mulher do eletricista. No entanto, conforme repassado ao JP, na volta o quarteto deu de frente com um policial militar à paisana, que trocou tiros com os assassinos e eles fugiram, tomando rumo ignorado.
Uma fonte do JP informou que os tiros contra a vítima foram efetuados com uso de armas de grosso calibre, como pistolas e escopeta de repetição.
Ainda segundo a mesma fonte, os executores de “Célio” seriam moradores da comunidade conhecida como “Morro do Borel”, localizada na região da Vila Mauro Fecury 2 – também na área Itaqui-Bacanga. E que o crime seria em vingança pela morte do traficante “Funil”, ocorrida no dia 17 de setembro de 2015 e que teria sido encomendada por “Pezão”, como parte da disputa pelo comando do tráfico de drogas no Mangueirão e Gancharia.
Foi passado ainda que os autores dos disparos, após a troca de tiros com o policial militar à paisana, teriam ido se esconder no Bairro do Fumacê, numa área conhecida como Vila Miséria, por trás de uma escola – região que é dominada pela facção “Bonde dos 40”, tendo como líder o traficante e homicida “Pixirico”. De lá, o quarteto teria sido resgatado por ocupantes de um veículo Golf preto.
DELEGADO INVESTIGA
A morte de Humberto Carneiro está sendo investigada pelo 5º Distrito Policial, do Anjo da Guarda, tendo à frente o delegado Walter Wanderley. Ouvido pelo JP, ele disse que está apurando as motivações do crime que vitimou o eletricista, assim como a sua relação com o tráfico de drogas. O delegado reforçou a hipótese de esta execução ter sido provocada, principalmente, pelo assassinato de “Funil”, em 2015; ressaltando que “Célio” já havia sofrido uma tentativa de homicídio em janeiro deste ano.
Humberto Carneiro era morador da comunidade Mangueirão, onde possuía um patrimônio, segundo fontes da PM, incompatíveis com o que receberia pelo serviço de eletricista montador. E que ele seria uma espécie de “patrão” do tráfico naquela área.
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