sexta-feira, 29 de abril de 2016

Polícia investiga se professora e advogado acusados de pedofilia fizeram outras vítimas


A professora trabalhava numa creche na Baixada Fluminense Foto: Reprodução TV Globo
Carolina Heringer/Extra

 
A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) investiga se a professora Tatiana Mara Araújo e o advogado Roberto Malvar Paz, suspeitos de pedofilia, fizeram outras vítimas. Os dois foram presos nessa quarta-feira. A especializada apura a informação de que Tatiana teria trabalhado em outras duas creches. Atualmente, ela era funcionária de um estabelecimento na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações da delegacia, a professora enviava fotos e vídeos das crianças da creche nuas para o advogado. Num dos vídeos, Tatiana toca nas partes íntimas de uma menina de 4 anos. A polícia investiga se essa criança foi levada pela professora até a casa de Roberto. Numa conversa entre os dois, encontrada pela polícia, ele fez esse pedido a Tatiana. Os pais da criança já foram intimados para prestar depoimento.
Nessa quarta-feira, durante busca e apreensão no escritório de Roberto, no Centro do Rio, a especializada encontrou vasto material de pedofilia. Foram achados dois HDs com fotos de crianças praticando sexo com adultos, calcinhas de crianças usadas, lubrificante e 20 pen drives. O advogado vai responder ainda por estupro de vulnerável.
As investigações apontaram que algumas crianças eram levada por Tatiana a motéis para encontros com o advogado, que é casado e pai de dois filhos. A polícia também apura se Roberto contava com outras aliciadoras, além da professora.
O advogado Roberto Malvar Paz, de 63 anos
O advogado Roberto Malvar Paz, de 63 anos Foto: Divulgação
Em entrevista ao G1, a dona da creche onde Tatiana trabalhava disse que estava arrasada: “Eu confiava demais nela, conhecia ela desde criança. Ela é minha vizinha de bairro. Os pais dela acolheram minha família. Eu a empregava há dois meses, por gratidão à família dela. Nunca desconfiei de nada. Ela era uma ótima professora. Nunca nem vi ela usando o celular na escola”.
A dona do estabelecimento reconheceu duas crianças matriculadas na creche nas fotos encontradas pela polícia com o advogada. A delegada Cristiane Bento disse que vai ouvir os responsáveis pelas 25 crianças matriculadas na creche. Segundo ela, fotos, vídeos e mensagens em redes sociais trocadas entre a professora e o advogado não deixam dúvidas sobre o caso. Na delegacia, a professora e o advogado negaram as acusações. A delegada da DCAV não acredita que a dona da creche tenha qualquer relação com o caso.
Em nota, o advogado Francisco Ortigão, que defende ambos , afirmou que o caso “ainda está muito no início e devemos analisá-lo com serenidade, aguardando a decisão final da Justiça”.

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