segunda-feira, 2 de maio de 2016

1º DE MAIO; Data tem atos pró e contra governo


Houve manifestações em pelo menos 31 cidades de 18 estados, incluindo o Ceará, além do Distrito Federal


 
Em São Paulo, a Força Sindical promoveu evento com o tema 'Gerar emprego e garantir direitos', no qual foram feitas críticas ao governo Dilma ( Foto: Ag. Brasil )
São Paulo/Rio. O Dia do Trabalho ontem foi marcado por atos a favor e contra o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. Houve manifestações em pelo menos 31 cidades de 18 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Goiás, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Paraíba, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e Ceará), além do Distrito Federal.
Os maiores atos ontem foram em São Paulo, onde houve três eventos: da Força Sindical (pró-impeachment), da CUT (contra o impeachment) e da Conlutas (por novas eleições).
A Força Sindical ficou concentrada na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista. Com o tema Gerar emprego e garantir direitos, lideranças da central sindical fizeram críticas ao governo de Dilma.
O presidente da entidade e deputado federal Paulinho da Força (SP) discursou no palco montado no local e disse que, além de uma crise econômica, o país passa por uma crise política.
Em manifestação na Avenida Paulista, pelo Dia do Trabalho, a Central Sindical Popular (Conlutas), PSOL e PSTU pediram a realização de novas eleições gerais no país. O ato ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Com o lema Brasil: Democracia + Direito, três centrais sindicais, com destaque para a Central Única dos Trabalhadores, aproveitaram a data para protestar contra o processo de impeachment. O ato contou com a participação da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, entre outras lideranças pró-governo. Segundo Vágner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização representou uma união "histórica da esquerda brasileira".
"Nós sabemos que o golpe é contra a Dilma e Lula, mas principalmente contra os trabalhadores", disse o sindicalista.
Rio
A CUT também comemorou o Dia do Trabalho, no Rio de Janeiro, com um show, ao ar livre, na Lapa, no centro da capital fluminense. O palco foi montado ao lado dos Arcos da Lapa. Segundo o presidente da CUT no Rio de Janeiro, Marcelo Rodrigues, além de celebrar o Dia do Trabalho, o ato teve o objetivo de protestar contra o processo de impeachment. Conforme o sindicalista, a CUT-RJ acredita que um possível governo de Michel Temer, caso o afastamento de Dilma seja aprovado, trará prejuízos ao trabalhador. Um dos artistas convidados para o evento, o sambista Monarco disse que gostaria de que Dilma Rousseff terminasse seu mandato.
Bolsonaro
A data também foi marcada por dois atos pró-Bolsonaro, no Ceará e no Rio de Janeiro. Em Fortaleza, um grupo de manifestantes realizou um ato em apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), no Aterro da Praia de Iracema. A manifestação promovida pelo "Movimento Endireita Fortaleza", ocorreu em repúdio ao pedido de cassação do político feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Rio de Janeiro. A organização estimou a participação de 150 pessoas.
Os manifestantes ovacionaram o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra - que chefiou o Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi), entre 1970 e 1974 e faleceu em 2015. No Rio de Janeiro, outro ato de apoio a Bolsonaro, ocorreu em frente ao condomínio onde mora o parlamentar, na Barra da Tijuca.

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