terça-feira, 3 de maio de 2016

Aves próximas a aeroporto já causaram três situações de risco


 

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Casos foram levantados pelo Cenipa; mesmo com o lixo sendo levado para um aterro em Rosário, ainda é grande a presença de urubus no Aterro da Ribeira, nas proximidades do terminal de São Luís

Aviões ainda correm risco por causa do lixo no Aterro da Ribeira
Aviões ainda correm risco por causa do lixo no Aterro da Ribeira (Foto: Biaman Prado / O Estado)
Mesmo desativado, ainda é gran­de a presença de aves sobrevoan­do o Aterro da Ribeira, em São Luís, e, consequentemente, passando próximo ao aeroporto da capital, levando riscos para a aviação no local. Somente este ano, a presença de aves sobrevoando o espaço aéreo do terminal de passageiros já ocasionou três situações de risco.

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A mais grave ocorrência foi registrada no dia 20 de janeiro, fazen­do com que a decolagem de uma aeronave fosse abortada. O incidente aconteceu às 14h6, e a ave chocou-se com o para-brisa do avião. Como consequência, o voo não foi realizado no horário previsto.

As outras duas ocorrências foram registradas no dia 14 de janeiro (uma ave colidiu com uma aeronave na fase de decolagem) e no dia 31 de março (caracterizada como uma quase colisão, durante a fase de aproximação do avião na pista de decolagem). O incidente não causou efeito sobre o voo.

No ano passado, foram registrados 32 incidentes envolvendo aves e aeronaves no aeroporto de São Luís. Dessas ocorrências, 23 foram caracterizadas como colisões enquanto nove foram discriminadas como avistamentos.
Desativação 
Desde o dia 25 de julho de 2015, data em que foi interditado definitivamente o Aterro da Ribeira, em São Luís, o lixo produzido na capital está sendo enviado ao Aterro Sanitário Titara, no município de Rosário.

Apesar disso, ainda há a presença de urubus na região do aterro, o que pode causar riscos à aviação. O aterro localiza-se cerca de seis quilômetros do Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado.

A interdição se deu em obediên­cia à decisão judicial da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, pronunciada em junho do ano passado, e era referente a um processo que se arrastava por anos.

Ainda em 2009, foi proferida pela Vara da Fazenda Pública decisão determinando a interdição definitiva do Aterro da Ribeira. Até então, a Vara de Interesses Difusos e Coletivos ainda não existia.
Números
3 ocorrências envolvendo aves e aeronaves registradas esse ano no aeroporto de São Luís
32 ocorrências registradas dessa natureza no ano passado

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