quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Juiz aceita denúncia de Mão Santa contra promotor em Parnaíba


 


O juiz da 3ª Zona Eleitoral de Parnaíba, Marcelo Mesquita Silva, acatou um pedido de suspeição contra o promotor eleitoral, Antenor Filgueiras Lobo Neto. A solicitação foi impetrada por Francisco de Assis de Moraes Souza, prefeito eleito do município. 
O gestor eleito alega que o promotor, em companhia de seu ex-estagiário e assessor, foram em diligência a um posto de combustível da cidade e determinou que a polícia militar conduzisse algumas pessoas, sob a alegação de abastecimento irregular em possível troca por voto. Só que o assessor, segundo a denúncia, é comissionado da Prefeitura de Parnaíba e um dos doadores para a campanha do atual gestor, Florentino Neto.
Em sua decisão, publicada no Diário da Justiça Eleitoral, o juiz afirma que "existe elementos suficientes aptos a demonstrar que o assessor do promotor possui fortes laços político-partidários com o atual prefeito, de modo que sua intervenção ou atuação em atividades fiscalizatórias do ministério público eleitoral estariam viciadas".
Em sua defesa,  o representante ministerial disse "que a mera cessão de servidor da prefeitura a um determinado órgão não macula, por si só, a atividade realizada naquele órgão". 
"As declarações das pessoas conduzidas à Delegacia de Polícia Federal, por determinação do Excepto, narram uma atuação tendenciosa deste e de seu assessor em desfavor do excipiente, restando claro o pleno conhecimento e acompanhamento do representante ministerial nas atividades exercidas por seu assessor, por ensejo das diligências mencionadas", afirma o juiz na decisão.
Marcelo Mesquita Silva afirma ainda que os documentos carreados aos autos consubstanciam material probatório suficiente para o reconhecimento da suspeição do promotor. "Não podendo atuar nos feitos que tem por demandado o Excipiente (Mão Santa) e sua coligação que venham a favorecer direta ou indiretamente o atual gestor municipal, por ter anuído e sido notoriamente auxiliado em diversas diligências e conduções por pessoa claramente despida da necessária imparcialidade na atividade fiscalizatória do ministério público eleitoral", declarou.( Cidadeverde)

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