Leticia FernandesO Globo
Em um dos esclarecimentos que prestou à Justiça, Emílio Odebrecht conta que reclamou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de suposto favorecimento do governo brasileiro aos interesses da Andrade Gutierrez, concorrente direta da empresa, em dois negócios na Venezuela. Depois da ofensiva, a Odebrecht ganhou uma das licitações, referente à hidrelétrica de Tocoma, e uma empresa estrangeira se beneficiou do outro negócio na área siderúrgica, que Emílio não soube precisar qual seria.
Emílio contou que, a pedido do filho, Marcelo Odebrecht, reclamou ao petista que o governo estava “agindo ativamente” junto a membros do governo venezuelano em favor da Andrade Gutierrez e que seu governo atuava de forma “unilateral” para beneficiar a empreiteira rival.
RECLAMAÇÃO — Cheguei a ter a oportunidade, a pedido de Marcelo, de conversar com o próprio Lula de que isso não podia estar acontecendo — afirmou Emílio: “No fundo foi uma reclamação de que o governo dele estava, em detrimento de outras, prestigiando uma licitação que me lembro bem houve na área de siderúrgica e na área de uma hidrelétrica” — contou.
O patriarca disse ainda que a Andrade Gutierrez estava sendo apoiada pelo Itamaraty e por “pessoas dentro do Planalto”. Emílio não soube precisar, porém, que integrantes do governo estariam envolvidos no suposto favorecimento.
Segundo ele, Lula ainda tentou minimizar o suposto favorecimento da empresa concorrente: “Ele ouviu e disse ‘você tem toda razão, vou ver’. Ele procurou minimizar, achando que não era, e eu disse: ‘Ó, presidente, eu não trago para o senhor coisas que eu não tenha confirmado’.
CHÁVEZ E CAPRILES – O patriarca da empresa relata ainda, num outro vídeo, uma conversa que teve com Lula sobre a situação política da Venezuela. De olho na estratégia que a Odebrecht adotaria no país, Emílio pede que o petista receba o líder da oposição ao governo Hugo Chávez, Henrique Capriles, porque Chávez não ficaria no poder “o resto da vida”. Ele diz acreditar que o pedido foi atendido.
“Eu procurei transmitir ao presidente Lula a consciência de que o governo Chávez não é um governo que vai ficar lá o resto da vida, mais cedo ou mais tarde eles sairiam. Capriles era a liderança que personificava a oposição, então era importante que o Brasil não desse as costas para o Henrique Capriles, que queria ter um encontro com o governo” — conta, acrescentando:
“Então eu disse a ele: ‘Lula, atenda, ou me diga que não vai atender porque preciso começar a pensar na minha estratégia de saída da Venezuela’. “Acho que ele deu sequência” — emenda Emílio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, a promiscuidade era tamanha que a Odebrecht interferia até na política externa brasileira. E tudo isso só aconteceu porque Lula era muito religioso e sabia se curvar ao deus Dinheiro. E ainda há quem diga que Lula é comunista. Só pode ser Piada do Ano. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, a promiscuidade era tamanha que a Odebrecht interferia até na política externa brasileira. E tudo isso só aconteceu porque Lula era muito religioso e sabia se curvar ao deus Dinheiro. E ainda há quem diga que Lula é comunista. Só pode ser Piada do Ano. (C.N.)
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