Deu no Estadão
Em meio à sucessão de escândalos de corrupção que abalam o País, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que é impossível não sentir “vergonha” diante dos últimos acontecimentos no noticiário. O ministro também disse que o caixa 2 “frauda a democracia” e defendeu as delações premiadas, que permitiram, segundo ele, o desbaratamento de organizações criminosas infiltradas no poder público.
“Não podemos desperdiçar a chance de fazer com que o futuro seja diferente. Nós nos perdemos pelo caminho e precisamos encontrar um caminho que nos honre como projeto de País e nação”, disse Barroso.
Segundo o ministro, há uma “impressionante quantidade de coisas erradas” ocorrendo no País. “É uma prática institucionalizada, que vai do plano federal, passa pelo estadual e chega ao municipal. Pode ser na Petrobras, no BNDES, na Caixa Econômica, nos fundos de pensão, no Tribunal de Contas do Estado A, B ou C, tudo está contaminado pelo vício de levar vantagem indevida, para deixar de fazer o que se tem de fazer”, comentou.
NO MESMO BANQUETE – Na avaliação do ministro, a corrupção é “um mal em si” e “não devemos pegar esse atalho equivocado que não nos levará a lugar algum de que não se pune aqueles que frequentam os mesmos banquetes que a gente”.
Em meio a movimentações no Congresso Nacional para tentar anistiar punições para doação não declarada de campanha, Barroso ressaltou que, embora diferentes, “corrupção e caixa 2 são crimes, porque ambos desviam o dinheiro do lugar para onde deveria ir”.
“O caixa 2 frauda a democracia, porque faz com que quem tem mais dinheiro tenha mais representatividade do que quem tem menos dinheiro. O caixa 2 frauda o sistema democrático, a representação popular”, criticou, ressaltando que a não declaração de doações tem se tornado uma “prática institucionalizada”.
ABUSO DE PODER – É a mesma opinião do vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino. Em entrevista nesta semana ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, ele disse que não vê “como separar caixa 2 e corrupção”. “Ambas são condutas graves, implicam abuso de poder”, afirmou.
Em manifestação encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falando pelo Ministério Público Eleitoral, Dino pediu a cassação do presidente Michel Temer (PMDB) e a inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.
Uma das principais acusações contra a campanha da petista à reeleição é de que tenha recebido recursos provenientes de caixa 2.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o que Luís Roberto Barroso fez, ao proferir a palestra de encerramento do seminário “Diálogo entre Cortes: fortalecimento da proteção dos direitos humanos”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, foi açoitar publicamente o ministro Gilmar Mendes, que não faz outra coisa a não ser tentar defender governantes e parlamentares corruptos, mediante as mais ardilosas e sórdidas maquinações. Lembremos que Barroso cometeu um erro grave no julgamento do rito do impeachment e não reconheceu que estava equivocado. Mas depois disso, sem a menor dúvida, vem tendo um comportamento irretocável. É um homem de coragem e dignidade, merece o respeito de todos os brasileiros. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o que Luís Roberto Barroso fez, ao proferir a palestra de encerramento do seminário “Diálogo entre Cortes: fortalecimento da proteção dos direitos humanos”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, foi açoitar publicamente o ministro Gilmar Mendes, que não faz outra coisa a não ser tentar defender governantes e parlamentares corruptos, mediante as mais ardilosas e sórdidas maquinações. Lembremos que Barroso cometeu um erro grave no julgamento do rito do impeachment e não reconheceu que estava equivocado. Mas depois disso, sem a menor dúvida, vem tendo um comportamento irretocável. É um homem de coragem e dignidade, merece o respeito de todos os brasileiros. (C.N.)
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