O deputado federal Marcelo Castro que a imprensa e as opiniões contrárias estão “demonizando” a proposta de lista fechada no projeto de reforma política que tramita no Congresso Nacional.
Marcelo Castro defendeu também que o sistema que prefere chamar de “lista preordenada” é o melhor para ser adotado porque é o que mais se assemelha com o modelo misto praticado nas principais cidades do mundo.
“Eu não sei por quê a imprensa está demonizando o que eles preferem chamar de lista fechada. Na verdade, é uma lista pré-definida. Estão dizendo que a lista vai proteger os políticos envolvidos na Lava Jato que supostamente poderiam concorrer dentro dessa lista”, afirma o deputado.
De acordo com o parlamentar, o voto direto é uma “aberração” que só acontece no Brasil. “Não acontece em lugar nenhum do mundo, de o eleitor votar em um e acabar elegendo o outro. Com a lista fechada, o voto é direcionado somente aos que fazem parte dela. Isso fortalece os partidos e evita que por causa da votação proporcional o eleitor eleja um político no qual não votou”, destacou.
Marcelo Castro destacou também que uma das consequências da votação aberta que existe hoje no Brasil, é a baixa governabilidade, porque existem muitos partidos gerando assim uma grande representatividade de siglas em todo o país.
“No sistema brasileiro existe uma hiper fragmentação das ideologias partidárias porque existem 35 partidos registrados e mais de 30 que esperam o registro. No Congresso Nacional temos 28 partidos representados. Isso é uma aberração. E a consequência é a ingovernabilidade”, declarou Castro.
Castro reiterou que o Brasil ainda não conseguiu fazer uma reforma política substancial, e que a mini reforma aprovada o ano passado foi superficial e que não conseguiu resolver os problemas do sistema eleitoral.
De acordo com o deputado, só existem dois sistemas eleitorais sendo aplicados no mundo que são o majoritário distrital e o proporcional de lista. "O que os estudiosos e cientistas políticos de todo mundo têm defendido é o sistema misto, que é uma conjugação dos dois sistemas citados acima, já que um compensa as deficiências do outro".
Ainda segundo o parlamentar, são raros os países que não tem listas ordenadas.
Flash de Lyza Freitas
cidadeverde.
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