domingo, 30 de abril de 2017

OPINIÃO - O PARTIDO DOS TRABALHADORES NÃO EXISTE MAIS


 


Por onde aquela movimentação das bases populares que
outrora discutia e lutava por um “Brasil” que queríamos de fato? Longe daquele Brasil que a história nos contava e que até certa época acreditávamos? Que história nossos filhos e filhas irão contar para sua posteridade? Sonhei e acreditei que juntos seríamos forte, que poderíamos mudar os antecedentes históricos sociais que os livros na escola nos mostravam. Hoje consigo entender o por quê desse sonho não ter sido realizado, mas pelo menos posso dizer que aprendi a história tal como tudo iniciou. Uma história cruel e sangrenta desde o Brasil Colônia até a Regência do reinado de Dom Pedro II, em que negros, colonos e muitos outros foram extintos a ferro e fogo.
Época em que os poderosos eram unidos como nos dias de hoje e com a única preocupação: eram as desprezíveis políticas eleitorais e jurídicas, sempre em seu favor. Questões sociais e econômicas não fazia parte desse contexto, fato que continua igual ao que vemos nos dias de hoje.
A POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO, de arranjo, de troca de favores entre os donos do poder ficou enraizado e ao povo coube a submissão, a subserviência. O modelo histórico-social excludente predomina por todos os séculos e não adianta nenhum partido se colocar como o benevolente do povo, que já não dá mais para acreditar. Esse sonho acabou, e tudo veio por água abaixo quando um partido que se dizia progressista e popular chegou ao poder a qualquer custo. Fazendo acordos e negociatas com gregos e troianos. E foi nessa onda, que o até então “líder e representante da classe trabalhadora”, optou por uma política de aliança e com isso se deu a troca de favores entre seus “companheiros” nem tão companheiros. E não adianta chorar o leite derramado, todos, sem exceção, estão no mesmo barco. O que vemos é uma repetição do passado histórico, com uma divida para ser paga com o suor da massa sofrida. Nenhum "companheiro" teve a ousadia de frear as atitudes de seu chefe, afinal os fins justificam os meios.
Essa briga de toma lá da cá não está em nada voltada para os interesses do povo, simplesmente o que está acontecendo é o medo que muitos têm de perderem suas regalias, de não terem mais quem financie suas campanhas políticas partidárias. Falam de um bem comum, mas é pura hipocrisia, na verdade o que está em jogo são interesses particulares de uma corja.
A história está ai pra mostrar, o PARTIDO DOS TRABALHADORES NÃO EXISTE MAIS, o mesmo perdeu toda sua essência, seu contato com as bases de onde veio. A maioria foram uns traidores da ética e da moral. E o pior de tudo, traiu a esperança de uma POVO que queria mudar, contar uma história com um final feliz. Eu acreditei no novo! E como eu, muitos outros também acreditaram: as CEB’s, as Pastorais e muitos outros movimentos. Acordei, vi que tudo continua como na época de Cabral. Um conselho que dou a quem quer se aventurar a reiniciar essa história: voltem às bases. O povo, hoje precisa muito mais de apoio e amparo para acreditar que tudo pode dar certo. Essa geração que aí está pode ser o diferencial nesse novo contexto. Não vamos mais nos prender em siglas partidárias, vamos defender um único partido: o Partido do Povo. 

Por Lurdinha Santos
Economista 

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