quarta-feira, 31 de maio de 2017

Indicado à Agespisa responde questionamentos dos deputados


 

O deputado Gustavo Neiva (PSD) abriu a sabatina a Emanuel Bonfim Veloso Filho, indicado para presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), sobre o processo de subconcessão da empresa que tem gerado polêmica devido irregularidades e vícios apontados pelo tribunal de Contas do Estado – TCE.
Na opinião do parlamentar a subconcessão não é a forma correta de gerenciamento, para ele a melhor solução é a revitalização com aporte de recursos e com incentivos por parte do Governo. Neiva voltou a criticar a atitude do Executivo em insistir na contratação da empresa Agea para a gestão da Agespisa.


“É um momento delicado. A Agespisa é uma empresa que tem história no Estado do Piauí de realizações e sempre tem dado sua contribuição em prol da sociedade piauiense. Tenho acompanhado de perto o processo de subconcessão, inclusive com participação em audiência pública com representantes do Governo e Tribunal de Contas do Estado onde foram colocados os pontos de vistas sobre o processo licitatório”, disse.

Outro ponto questionado pelo deputado foi os investimentos necessários para conclusão de obras como o esgotamento sanitário da capital, bem como a situação dos municípios. “Sabemos que a maioria dos municípios são deficitários e necessitam de aporte financeiro e possuem um sistema de abastecimento deficitário. 


“Sabemos que a maioria dos municípios são deficitários, parte da receita de Teresina que representa 50% da receita da Agespisa sempre foi utilizada para dar manutenções e tudo isso vai ser entregue para essa empresa privada. Como vai ficar o atendimento ao interior do estado?”, questiona.

Quanto a subconcessão Emanuel Veloso foi enfático ao afirmar que é uma decisão do Governo e há garantias jurídicas para continuar a discussão em relação a transição para a Agea. “Estou indo para a Agespisa para fazer uma gestão e buscar o equilíbrio econômico financeiro daquela empresa , é uma missão árdua, mas não é impossível nesse modelo escolhido pelo governo, não condeno porque já estudei Estados que deliberaram por esta opção e logrado êxito. É um processo que terá continuidade”, afirma.



Agespisa tem 600 funcionários aptos a programa de aposentadoria 

Emanuel Veloso falou do plano de recuperação de inadimplência para sanear as dívidas e cuidar das receitas do interior, também explicou sobre o Programa de Aposentadoria Incentivada. “Há uma necessidade mudar o quadro da empresa , cerca 600 funcionários podem aderir, são ações que podem renovar o quadro e diminuir as despesas da folha de pagamento e com aumento de receita”, disse Emanuel. 


O deputado Robert Rios (PDT) absteve-se de fazer perguntas ao presidente da Agespisa. Ele disse que conhece Emanuel Veloso Filho há mais de 30 anos e acredita em sua capacidade. Pediu apenas que ele não suje sua biografia.O deputado Edson Ferreira (PSD) expôs a situação de São Raimundo Nonato, que está há cinco anos de seca e sem água em seus reservatórios, além de ter uma água de subsolo escassa e salgada.
Respondendo ao deputado Edson Ferreira, informou que existe uma comissão estudando o problema de abastecimento em São Raimundo Nonato, com reuniões semanais. “Inclusive, nesta quinta-feira será feita mais uma dessas reuniões”, salientou.
Para o deputado Dr. Pessoa (PSD), a biografia do novo presidente da Agespisa o deixa satisfeito. Pediu apenas que ele não deixe a empresa Aegea – Saneamento e Participação S/A se apoderar do patrimônio da Agespisa;

O deputado Rubem Martins (PSB) disse estar satisfeito com a indicação de Emanuel Veloso Filho para a Agespisa, por se tratar de um ex-colega da Caixa Econômica. Ele quis saber como ficarão os funcionários da Agespisa que forem trabalhar na empresa subconcessionária. 
Emanuel Veloso respondeu que esses funcionários terão preservados os seus direitos. Ele respondeu também sobre a situação dos municípios, afirmando que a arrecadação no interior é maior que a da capital. Emanuel disse que a receita da empresa em abril de 2017 foi de cerca de R$ 30 milhões, sendo deste total R$ 14 milhões na capitla e o déficit foi de R$ 5 milhões. 







Isolda Monteiro / Raimundo Cazé /Alepi

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