quinta-feira, 8 de junho de 2017

Raimundo Cutrim disse que o Brasil vive uma ditadura judiciária


 

Nice Moraes/Agência Assembleia

 
Raimundo Cutrim disse que o Brasil vive uma ditadura judiciária
O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), ao fazer uso da tribuna na sessão desta quinta-feira (8), voltou a afirmar que o Brasil vive hoje uma ditadura judiciária, e que isso é prejudicial para a democracia, visto que os direitos constitucionais e individuais ficam totalmente fragilizados.
“Eu falo o que penso. Sempre foi assim a minha vida toda. Hoje, nós estamos vivendo uma ditadura judiciária e isto é perigoso para a democracia. Aquilo que era exceção, hoje, em pleno século 21, é a regra e a população não pode ficar ouvindo isso de braços cruzados”, afirmou Raimundo Cutrim, lembrando que o código penal brasileiro é de 1940, onde diz que a pessoa só seria conduzida coercitivamente depois da terceira vez que não atendesse à notificação e intimação da Justiça ou do delegado.  Mas hoje, disse o deputado, isso virou regra e as pessoas estão sendo conduzidas coercitivamente para depor em consequência da desmoralização pública.
Interceptação
Raimundo Cutrim também criticou as interceptações telefônicas que estão feitas pelo país a fora. Ele disse que estão colocando assuntos pessoais de família na imprensa para que haja uma desmoralização pública, mas e a lei não diz isso. Ao citar o caso do jornalista Azevedo, da Revista Veja, que teve conversa interceptada, Cutrim afirmou que tanto o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público e a Polícia Federal não deram a devida importância para o caso.  
Também criticou a forma como se deu a prisão do diretor do IDAC, Aragão, onde foi exposto nos blogs com roupa de presidiário. “Eu olhava nos blogs, ele de frente, de costa e com farda de presidiário. A penitenciária não tem esse poder; o Ministério Público não tem esse poder; a Polícia não tem esse poder. Aquilo ali é uma tortura psicológica contra a sua família que depois vai buscar direitos morais. Nós não podemos aceitar que uma pessoa presa, cautelarmente, possa ser execrada publicamente, porque nem sequer, começou a instrução do processo. Eu não estou dizendo se ele está certo ou não, porque eu não conheço o fato, e eu não sou amigo dele para defender causa, eu não conheço o trabalho. O que eu conheço é o hospital de Carutapera, que para mim ele presta um bom serviço a região”, acentuou Raimundo Cutrim.

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