sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Recuperação da Bovespa não é euforia, mas realidade do mercado


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Charge do PW (pwdesenhos.com.br)
Willy Sandoval
É um grande equívoco falar em euforia no nosso mercado. Facilmente, pode ser constatado que o nosso índice Bovespa está muito sub avaliado, principalmente em relação ao Dow Jones norte-americano. Consideremos os dois índices em maio de 2008. Ambos tinham atingido o ápice antes da queda por causa da crise do subprime, com Bovespa a quase 74 mil pontos e Dow Jones a uns 14 mil .Até hoje o Bovespa não voltou aos 74 mil, esse ano atingiu o máximo de 69.4 mil. Já o Dow Jones nada de braçada e já passa nesse momento de 22 mil..
Mantidas as proporções, para empatar com o Dow Jones, o índice Bovespa deveria estar em 116 mil, ou uns 67% a mais do que 69.4 mil.
SEM EUFORIA – Portanto, apesar de ter como justificativa o desastre dos anos Dilma, tudo indica que nosso índice está realmente subavaliado, logo não há nenhuma euforia, apenas espasmos, tentativas de recuperação dos preços de nossas ações a um nível mais razoável.
Claro que a situação de nossa economia não é boa, mas se isso puder servir de consolo, podemos afirmar também que, graças ao povo nas ruas no ano passado, ficamos bem longe de cair na situação da Venezuela.
O fundo do poço foi atingido em fevereiro de 2016, quando o índice caiu a 38 mil pontos. Assim, se nosso nível de pessimismo não é grande o suficiente para a gente abandonar o Brasil, acho que vale a pena, para quem tem algum capital que possa investir, acreditar um pouquinho a mais.
O fato inconteste é que as nossas empresas principais, em termos de preço de mercado, estão muito subavaliadas. Pode ser uma oportunidade de ouro para quem tiver capital e coragem. Quem estava acreditando em fevereiro de 2016 já está começando a colher frutos e quem acreditar agora poderá colher melhores frutos ainda a partir de 2019, talvez antes. Basta o povo não fazer besteira na eleição de 2018.
Sou capaz de fazer uma aposta: Lá para junho/julho do ano que vem, com a definição dos candidatos à Presidência, se um nome não hostil ao mercado estiver na frente (por exemplo, Geraldo Alckmin, João Dória, Ronaldo Caiado ou Álvaro Dias), eu posso apostar que o índice vai estar acima de uns 90 mil, pelo menos uns 40% acima do nível atual. Sou capaz até mesmo de afirmar isso, mesmo que seja o Bolsonaro que esteja na frente.
O problema mesmo vai ser se o Lula estiver na frente. Aí não vai ter cartinha ao povo brasileiro ou nova versão de Lulinha Paz e Amor que vá evitar o pânico. Nesse caso. eu acho que o indice volta para os 38 mil pontos de fevereiro de 2016 .
Eu acredito no país, mas com um pé atrás.

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