domingo, 1 de outubro de 2017

Médico acusado de estuprar crianças tem prisão mantida

Médico acusado de estuprar crianças tem prisão mantida (Foto: Divulgação)
O médico Alvaro Magalhães Cardoso atuava em hospitais de Santarém. (Foto: Divulgação)
A Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará, manteve, na segunda-feira (25), a prisão de acusados de práticas de estupro de vulneráveis em processos distintos que tramitam nas varas de Bragança, Abaetetuba, Belém e Santarém, relatados, respectivamente, pelos desembargadores Rômulo Nunes, Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, Milton Nobre e Raimundo Holanda. Um desses casos é o do médico acusado de estupro contra um bebê de três meses e uma criança de três anos, em Santarém, no oeste do Pará. Em operação de busca e apreensão, equipamentos como netbook, tablet, celular dentre outros aparelhos eletrônicos que armazenam mídias, foram apreendidos na casa do médico, onde se constatou o armazenamento e compartilhamento de imagens de várias crianças de forma obscena.

No início de julho, policiais civis e militares prenderam, um médico e 2 mulheres acusados de prática de estupro de vulnerável e pedofilia no município de Santarém, oeste paraense. A história não era de se imaginar nem em pesadelo. O médico, Alvaro Magalhães Cardoso, é jovem e atuava em hospitais de Santarém. De acordo com informações fornecidas na época pela delegada Adrienne Pessoa, da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente, ele teria um relacionamento longo com ambas as mulheres acusadas, provavelmente enquanto elas estavam grávidas. A suspeita já vinha sendo investigada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente.

Vários vídeos e fotos foram encontrados na casa do médico e das mulheres e servem como prova das práticas libidinosas contra as crianças. Segundo a delegada, não resta dúvidas de que os crimes foram cometidos. “A materialidade está provada na conduta de compartilhar e de armazenar o conteúdo pornográfico, assim como ficou provada a prática de estupro de vulnerável”, enfatizou Adrienne Pessoa, durante coletiva de imprensa após as prisões.

ACUSADA DIZ QUE ERA MOVIDA POR "SENTIMENTO DE AMOR"

Uma das acusadas conheceu o médico Álvaro Magalhães Cardoso quando estava grávida, mas o bebê faleceu 7 dias depois do nascimento. A criança que sofria com os atos libidinosos praticados por ela era a filha de conhecidos. Ela já tinha sido babá da garota e era de confiança da família, acostumada a tomar conta da menina. Os pais, por sua vez, jamais imaginavam o que acontecia. Álvaro pedia à mulher que tocasse a criança estimulando a genitália dela e que produzisse fotos e vídeos para ele, material que foi encontrado ainda no celular da mulher, como prova do crime. Segundo a delegada Adrienne Pessoa, da Polícia Civil, o médico ainda pedia que, da próxima vez, ela ensinasse a criança a fazer a estimulação sexual em si mesma. A criminosa teria dito, em depoimento, que fazia o que ele pedia movida por um “sentimento de amor”.

Já a outra presa é mãe da bebê de 3 meses e também disse conhecer Álvaro do tempo em que estava grávida. Em depoimento, ela confessou que uma vez foi ao motel com o médico e levou a criança. Depois de manterem relação sexual, ele ejaculou no rosto da criança e no seio da mãe para que a bebê mamasse com a ejaculação.

A mulher teria justificado o crime dizendo que se sentia protegida pelo fato de ele ser médico e, por isso, não contestava o que ele pedia. Dessa ocorrência não há registro em imagens, mas há gravações de conversas de celular que comprovam, de acordo com a delegada.

(Diário do Pará)

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