O secretário de administração do Piauí, Franzé Silva, voltou a defender o projeto do governo que realinha alíquotas de ICMS no Estado. Segundo ele, é a última alternativa para que o Executivo não entre na rota de desorganização financeira. Para o gestor, o governador não seria irresponsável de propor uma medida sem necessidade.
“O governador não pode, de forma nenhuma, por uma questão de ganhar ou perder prestigio popular, ser irresponsável quanto ao equilibro do Estado. Não é nada salutar pra nós politicamente está hoje discutindo, quase no final do ano, uma situação como essa, mas é pela necessidade que o Estado tem. Precisamos entender que, neste momento, o Piauí precisa se precaver para não entrar na rota de desorganização em 2018”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.
Franzé justificou que o governo adotou várias medidas para evitar o colapso, como o ajuste fiscal e a eficiência dos gastos públicos. “Fizemos um ajuste fiscal aonde o foco era reduzir o tamanho da máquina administrativa, os gastos de custeio, o desperdício que existia na folha de pagamento. Fizemos todo um trabalho voltado para a eficiência dos gastos públicos e isso fez o Piauí vir a estar hoje numa situação diferenciada dos outros estados”, declarou, ressaltando que a população precisa entender.
“Precisamos ter consciência de que existe uma coisa chamada de planejamento de fluxo de caixa. A população precisa entender: nós ali em janeiro de 2017 fizemos um cronograma de pagamento baseado numa expectativa de receita onde contávamos com recursos da repatriação, a situação de recuperação da economia, e isso foi frustrado. O que estamos tentando fazer é precaver. A situação é que 2018 vai ser tão complicado como 2017. Queremos evitar que o Piauí entre na curva da desorganização financeira”, declarou.
O secretário sustenta que a maioria dos estados aumentou alíquotas numa tentativa de sobreviver à crise. “Essa alíquota já está em vigor na maioria dos estados. É preciso entender que num momento de dificuldade todos tem que participar com a sua cota de colaboração. O estado tem reduzido o seu tamanho. Assumimos em janeiro de 2015 com uma máquina que consumia no custeio cerca de 100 milhões por mês, reduzimos isso para pouco mais de 70 milhões. Reduzimos com gasto de pessoal cerca de 21 milhões por ano, eliminando todas as irregularidades de pessoas que recebiam sem trabalhar nesse estado. Evitamos pagamentos indevidos a pessoas que não estavam mais no serviço público e até mesmo morrido. Precisamos ter alternativa e a ultima é ajustar essa conta com o aumento dessas alíquotas que não necessárias”, finalizou.
Foto: Wilson Filho
O projeto do governo deve ser votado nesta quarta-feira na Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).
Hérlon Moraes
cidadeverde.
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