Foto: Honório Moreira/ O Imparcial
 Jus sepulchri é o direito à sepultura,  qual todo brasileiro goza. Isso quer dizer que quando um ente falece, a família pode usar o terreno do cemitério público de acordo com o que prevê a legislação de cada cidade. Mas nem todos usam o direito previsto em Lei e optam por jazidos em cemitérios privados. Benefícios à parte, o privilégio pode custar caro.
Como se não bastasse a fragilidade sentimental que o momento implica, enterrar alguém pode ser algo mais delicado do que se imagina. Caixão, cuidados com o corpo, transporte, velório e sepultamento são serviços caros que podem pegar a família desprevenida. É fato, enterro privado envolve tristeza em todos os sentidos.
Evento cheio de burocracia e custos, de acordo com a necessidade e estrutura da cerimônia, o sepultamento pode chegar a R$ 30 mil para quem não dispõe de plano funerário.
Os planos podem oferecer orientação de serviço de cartório, higienização, vestimenta, sala de velório, paramentação (rituais de despedida), remoção, cortejo, livro de presença, kit café, santinhos, auxílio-alimentação, ornamentação do corpo, urna (caixão), traslado, coroa de flores e outros. A cobertura dos planos pode incluir dependente e ainda ter que cumprir prazo de carência.
O fato é que os custos com funeral são uma realidade que deve ser encarada de uma forma ou de outra. Então, para quem precisa providenciar um enterro, pode se deparar com custos que variam entre R$ 3 mil e R$ 30 mil, de acordo com consulta feita a funerária Pax União, que oferece funeral, cremação e jazigos para sepultamento.
“Nós prestamos um serviço muito delicado, ninguém quer ir embora. Buscamos atender ao cliente da forma mais agradável e sem constrangimentos, no momento em que ele passa pela pior fase que é a perda de um ente querido”, avalia Mauro Martins, gerente de vendas da Pax União.
Custo de sepultamento e cremação 
Quanto ao sepultamento, o plano mais simples na funerária consultada custa R$ 3 mil, oferecendo jazigo (cova), urna (caixão) e traslado. O plano mais caro custa R$ 30 mil e inclui jazigo, urna presidencial, ampla sala de velório e assistência total.
Individualmente, um caixão custa em média R$ 1 mil. A higienização do corpo custa R$ 400 e uma coroa de flores, R$ 300. A pessoa ainda tem que considerar custos com transporte do corpo, taxa de sepultamento e cova no cemitério.
Após o enterro, os custos se estendem à manutenção dos jazigos, cujo valor depende de cada cemitério. A taxa de manutenção em cemitérios particulares é semestral e varia de R$ 139 a R$ 240.
É comum, nos dias que antecedem o Dia de Finados, a grande movimentação de familiares nos escritórios dos cemitérios para acertar os últimos arranjos nos jazigos e levantar débitos acumulados com a taxa de manutenção, que dependendo do período de atraso, chegam a valores bastante acentuados. As administrações dos cemitérios particulares negociam e parcelam os débitos para o cliente contar com as manutenções necessárias no período de homenagem aos mortos.
Outra opção a ser considerada para o adeus ao familiar é a cremação. O processo só pode ser feito 24 horas após o óbito e demora de duas a três horas, dependendo de cada corpo. Após a cremação, as cinzas são disponibilizadas, acomodadas em urnas próprias, que podem ser guardadas ou espalhadas em locais de preferência da família.
Na Pax União, a cremação custa R$ 5.200. No Crematório Jardim da Paz, a cremação no plano individual custa R$ 4.280. Esta ainda não é uma modalidade que tem a mesma procura que o sepultamento que envolve os ritos tradicionais e que possui a preferência das famílias maranhenses, mas, segundo a Pax União, vem aumentando.
“A procura maior ainda é pelo sepultamento, que é uma questão de costume, porque as pessoas ainda não se adaptaram com a cremação. Mas hoje o nosso movimento está se expandindo para a cremação que não requer pagamento de manutenção”, aponta o gerente de vendas da Pax União, Mauro Martins.
Nos casos dos nove cemitérios públicos (nos bairros Madre Deus – Gavião; Vila Embratel; Vila Maranhão; São Cristóvão; Santa Bárbara; São Raimundo – área do Anjo da Guarda; Maracanã; Tibiri; e Turu) que em São Luís são administrados pela Empreendimentos São Marcos Ltda., a taxa de sepultamento tipo chão custa R$ 75 e a tipo gaveta custa R$ 130.
Nos cemitérios públicos, a taxa de manutenção do jazigo é anual e custa R$ 95.