quinta-feira, 3 de maio de 2018

Dados mostram que extrema pobreza aumentou no Maranhão

O Maranhão aumentou o índice de maranhenses vivendo com menos de U$ 60 por mês. Os dados são da Revista Valor Econômico que trouxe um levantamento da LCA Consultores que mostram que de 2016 para 2017 a extrema pobreza no estado cresceu. Somente na região metropolitana de São Luís, o aumento foi de 48%. O período compreende dois dos quatro anos do governo de Flávio Dino (PCdoB).
O levantamento pedido por Valor Econômico foi baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo os dados, em 2016, o maranhão tinha aproximadamente 1,17 milhão de pessoas vivendo com menos de U$ 1,90. No ano seguinte, esta quantidade aumentou passando para 1,18 milhão.
Trazendo os números somente para a região metropolitana de São Luís, os números são amis alarmantes. De 2016 para 2017, a extrema pobreza nesta área aumentou 48% passando de pouco mais de 99,6 mil miseráveis para mais de 147 mil.
Outras regiões metropolitanas como a de Fortaleza e de João Pessoa teve redução no número de pessoas que vivem em extrema pobreza. Em Fortaleza, de 2016 para 2017, a redução foi de 13%. Já em João Pessoa foi ainda maior chegando a 25% se comprado igual período.
Já em relação ao aumento da pobreza nos estados do Ceará e Paraíba, o aumento foi maior que o do Maranhão. No primeiro aumentou 2% e no segundo, 4%. Mesmo assim, o número de cearenses que sobrevivem com apenas U$ 60 por mês é menor que a quantidade de maranhenses. Por lá, levando em contas os dados de 2017, existem 961 mil pessoas na extrema pobreza. No Maranhão mais de 1,18 milhão.
O Maranhão perde somente no índice de pobreza para a Bahia já que por lá existe mais de 1,9 milhão de miseráveis considerando os dados de 2017.
Outros dados
Os dados trazidos na reportagem do Valor Econômico vão de encontro o que vem pregando o governo de Flávio Dino, que, na propaganda garante que o Maranhão cresceu mais em 4 anos do que nos últimos 40 anos.
No entanto, em outro levantamento da mesma revista feito em dezembro do ano passado já mostrava aumento no índice de pobreza no estado. O levantamento do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) foi traçado a partir do cruzamento de dados da “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgada pelo IBGE, com a série histórica disponível da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
As linhas de cortes foram as usadas pelo Banco Mundial e pelo IBGE: US$ 1,90 per capita por dia (R$ 133,72 mensais) para extrema pobreza e US$ 5,50 por dia (R$ 387,07 mensais) para a pobreza moderada.
Pelo relatório, o Maranhão foi o estado que apresentou os piores indicadores relacionados à pobreza, no país. O levantamento também mostra que a desigualdade social aumentou desde o ano em que Flávio Dino assumiu o controle da máquina pública. l
Promessas não cumpridas
Em janeiro deste ano, O Estado mostrou que o não cumprimento das promessas feitas em 2014 por Flávio Dino é o motivo para o aumento do índice de pobreza no estado. O documento assinado por Dino e disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) versava basicamente, em suas 65 promessas, sobre combate à miséria, aumento da renda e melhora na segurança pública. Nenhuma delas foi cumprida. Dos itens 8 ao 12 das “Propostas de Governo”, por exemplo, comunista o tema “combate à pobreza” é uma constante. Flávio Dino promete “Desenvolver ações destinadas a, progressivamente, retirar da linha de pobreza extrema as famílias maranhenses” e “Aplicar os recursos do Fundo de Combate à Pobreza (FUMACOP) em ações específicas de inserção produtiva das famílias e em melhoria nas condições de habitação e saneamento”. Nenhuma foi cumprida.

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