quinta-feira, 31 de maio de 2018

Miro Sampaio, preparador que descobriu nova Miss Brasil, celebra título conquistado

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Laynna Feitoza/A Critica
Toda criatura tem um criador. A jornalista amazonense Mayra Dias, coroada no último sábado (26) Miss Brasil 2018, sabe bem que a sua vitória, mais do que nunca, é fruto de seu intenso preparo de 6 anos, rumo ao sonho de ser eleita a mulher mais bela do Amazonas, e, por fim, do País. Mas teve alguém, em especial, que tem uma grande contribuição nessa conquista - e que ela reconhece como seu mentor. Trata-se do preparador Miro Sampaio, responsável por ter revelado e aperfeiçoado o trabalho de Mayra com miss.
O administrador é, também, amigo pessoal de Mayra, e acompanhou todo o percurso da jovem em meio aos diversos concursos de beleza que ela participou. “Eu conheci a Mayra quando ela se inscreveu para participar do Miss Amazonas 2011. Ela se inscreveu e eu era vinculado à coordenação na época. Quando tive o primeiro contato com as candidatas, a achei muito simples, muito tranquila e com perfil amazônico. Ela o que era tinha para oferecer no momento e classificou para ser uma das 20 candidatas ao título”, pondera ele.
Mayra acabou não ganhando o concurso, mas posteriormente entrou em contato com Miro e disse que tinha interesse em participar do certame novamente, no ano de 2012. “Falei que ela era uma moça bonita, mas que precisava melhorar. Encorajei ela a participar, porque era importante que ela tivesse experiência. Já em 2012, ela acabou ficando no Top 10”, pontua ele. “Eu gostei dela. Vi nela aquele brilho. Ela tinha uma passarela forte, mas exagerada, cheia de energia”, colocou ele.
Estrutura
Sampaio destaca que Mayra sempre foi magra, com corpo longilíneo. “Disse para ela, com o passar dos anos, que fosse cuidando do corpo, da pele. Ela concordou e disse que tinha gostado do universo dos concursos”, colocou ele. Em 2013, Miro se desvinculou da coordenação do Miss Amazonas e passou a responder por outra franquia, o Miss Amazonas Latina, e convidou Dias para a titular da faixa – onde ela foi 6º lugar. Posteriormente, ele a convidou para ser Miss Amazonas Mundo, onde ela foi semifinalista e ganhou o prêmio de melhor passarela.
Miro coloca que, mesmo após a temporada, continuou tendo contato com a moça. “Criamos um vínculo, uma amizade. Ela estudou, se formou em jornalismo, mas apesar de estudar comunicação ela era tímida, no dia a dia. Ela deixava a timidez de lado quando se apresentava no Festival Folclórico de Nova Olinda do Norte, onde era Rainha do Folclore do boi Corre-Campo, e quando desfilava como miss. Mas ela queria ser produtora, trabalhar nos bastidores das câmeras.
Logo depois, Miro assumiu a franquia do Miss Amazonas Mundo e convidou a moça para representar o estado. “Ela ganhou o prêmio de melhor passarela e foi semifinalista”, conta ele. Logo após isso, Mayra recebeu um convite para ser modelo em São Paulo. Ao voltar pra Manaus, ela foi convidada para representar o Brasil no concurso Reina Hispanoamericana, onde ficou com o 3º lugar.
Sonho
De acordo com Miro, Mayra sempre quis ser Miss Amazonas Universo. Disse até que ela recebeu um convite para representar o estado do Tocantins, em 2016. Os dois pensaram juntos e ela resolveu não aceitar o convite, por não estar representando seu estado. Uma questão bastante curiosa é que Mayra não gostava muito dos seus cabelos lisos, e Miro fez  parte do processo de aceitação natural da moça.
“Quando ela foi para o Miss Brasil Latina, Mayra usou os cabelos ondulados. No Miss Mundo insisti que ela fosse com os cabelos lisos, naturais. Ela disse que não gostava, que ficava comum. Eu disse que era comum aqui no Amazonas, mas disse que, no concurso nacional, o cabelo a diferenciava. Foi num jantar beneficente do Miss Mundo Brasil que ela usou os cabelos lisos e recebeu muitos elogios. Ela entendeu que seria mais bonita se valorizasse o que ela tinha”, afirma Miro.
As pernas também eram um aspecto que não agradavam a morena, segundo ele. “Ela queria ter as pernas mais grossas, e disse que as pernas longas e finas a deixavam mais elegante, deixavam as passadas de passarela ainda mais poderosas. Ela começou a se aceitar e a entender sua beleza. Quando Mayra foi para o Reina e viu a explosão dela como mulher de atitude e beleza, ficou empoderada. Foi aí que assumiu o desafio de ser apresentadora”, destaca ele.
O preparador desde sempre acreditou na moça por ver nela determinação e força de vontade. “Somado a outros aspectos, como disciplina, saber ouvir, entender o que você quer. Ela tem tudo isso. Ela pode não concordar com você, mas se você for argumentar, ela compreende. Trabalhar com alguém que absorve as informações é muito bom”, conta ele.
Recompensa
Miro acompanhou a final do Miss Brasil 2018 no Rio de Janeiro, com a irmã uma tia de Mayra. A vibração foi geral. “A cada vez que ela avançava nos tops, minha confiança aumentava. A gente sabia que ela podia vencer, mas que tinha meninas com qualidade. Cada avanço reafirmava o que eu havia projetado para ela. Ela algo muito distante, porque estávamos próximos de quebrar o jejum de 61 anos. Nem tínhamos nascido quando Terezinha Morango ganhou”, declara ele. Mas quando ela chegou ao Top 3, tinha certeza que era ela”, coloca,
Durante o desenrolar do concurso, Miro aponta que percebeu o público de 15 mil pessoas do Riocentro abraçar a amazonense, a cada etapa do concurso. “O público vibrou quando ela foi Top 15. Quando ela desfilou de maiô, à medida que ela foi avançando nos tops, todos foram ao delírio. Quando ela chegou no Top 3, torcedores de outras candidatas que haviam sido desclassificadas começaram a declarar torcida para o Amazonas”, assegura ele.
Com a vitória da jornalista, não faltaram lágrimas. “Choramos muito. Alguém mandou um vídeo para mim mostrando que eu pulei tanto, que minha roupa saiu toda para fora do terno (risos). A irmã dela estava no chão, e os jornalistas que estavam lá pouco antes dela ser coroada perguntaram se éramos da torcida da amazonense, porque já sentiam que ela poderia ganhar”, relembra.
Agora que Mayra é Miss Brasil, Sampaio continua tendo contato com a miss. “Mas agora ela tem uma assessoria e uma equipe nacional que vai cuidar dela. Eles vão priorizar essa preparação. Mas posso assegurar que uma das missões dela é defender a bandeira do Amazonas. Ela dança boi, gosta de estar no boi-bumbá. Ela sempre foi para os eventos de manifestações culturais no Amazonas. Já dançou ciranda, ama folclore. Vai reafirmar a Amazônia todas as vezes que puder”.

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