quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

“A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embriagar…”

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Silvio Caldas fez sucesso com “A Deusa da Minha Rua”
Paulo Peres
Site Poemas & Canções
O jornalista e compositor carioca Jorge Faraj (1901-1963) é considerado o poeta dos amores impossíveis, em que a mulher é sempre adorada sem saber e ignorando ser objeto de uma paixão. Em “A Deusa da Minha Rua”, cuja primeira gravação foi em 1939, por Silvio Caldas, pela RCA Victor, Faraj descreve o contraste entre a beleza da musa e a pobreza da rua.
A DEUSA DA MINHA RUANewton Teixeira e Jorge Faraj
A deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol num dourado sonho
Vai claridade buscar
Minha rua é sem graça
Mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz
Na rua uma poça d’água
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu para o chão
Tal qual o chão da minha vida
A minha alma comovida
O meu pobre coração
Infeliz da minha mágoa
Meus olhos são poças d’água
Sonhando com seu olhar
Ela é tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu e ela é nobre
Não vale a pena sonhar

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