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Reprodução/Facebook
Um jardineiro de Toronto, no Canadá, acusado de matar oito homens ligados a comunidade LGBT, entre 2010 e 2017, confessou ser o autor dos crimes. Bruce McArthur, de 67 anos, está preso desde janeiro de 2017, acusado da morte de dois homens. Meses depois, a polícia o acusou de mais seis assassinatos. A maioria das vítimas tinha ligações com o bairro Gay Village.
McArthur assumiu o crime em meio a um tribunal lotado, repleto de familiares e amigos das vítimas. Vestindo um suéter preto de malha e camisa xadrez, ele falou em voz baixa e com naturalidade quando se dirigiu ao público. Dentro do tribunal, muitos se mantiveram passivos, mas, do lado de fora, vários se abraçaram emocionados.
Os investigadores apontaram que algumas das vítimas foram assassinadas em meio a uma agressão sexual ou ao serem mantidas presas “contra a sua vontade”. De acordo com a polícia, ele desmembrava os corpos na tentativa de não ser descoberto.
Muitos dos restos mortais eram enterrados, mas outros foram localizados em vasos e canteiros de plantas em uma propriedade no bairro de Leaside, também em Toronto.
À CBC, o promotor Michael Cantlon afirmou que o MCArthur fotografava as vítimas, mantendo algumas de suas jóias como lembranças. Ele descreveu todos os crimes como de “natureza sexual”.
A polícia desvendou o crime a partir da apreensão de uma mochila em um quarto no local onde ele morava. Foram encontrados fita adesiva, luva cirúrgica, corda, lacres, elásticos e seringas.
A apreensão deu início a uma das maiores investigações da história da polícia de Toronto. Foram feitas buscas em dezenas de propriedades ligadas ao jardineiro e examinados os crimes sem conclusão no passado.
Como McArthur é acusado de homicídio qualificado, isso significa que ele só poderá tentar obter liberdade condicional após passar ao menos 25 anos preso, ou seja, aos 91 anos de idade. Cada uma das acusações implica uma sentença de prisão perpétua – a pena aplicada em casos de assassinato no país.
A audiência para definir sua pena começará em 4 de fevereiro. Amigos e parentes das vítimas vão testemunhas sobre como os assassinatos afetaram suas vidas.

Fonte: Extra