Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)
A intenção do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém gerou críticas entre parlamentares de partidos ligados ao novo governo Pelas redes sociais, políticos disseram que a medida pode trazer efeitos econômicos negativos para o País e fazer com que o Brasil se torne alvo de terrorismo. A mudança, por outro lado, foi apoiada por defensores de Bolsonaro, como o senador Magno Malta (PR-ES).
Neste domingo (30/12), no Rio, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que ouviu de Bolsonaro que a mudança da embaixada é uma questão de tempo.
ACORDO DA ONU – Logo em seguida, o deputado Felipe Maia (DEM-RN) reagiu à polêmica. “O Brasil está mexendo com uma bomba armada, além do que, o Brasil é signatário de um acordo na ONU que estabelece que a capital de Israel é Tel Aviv. Estamos chovendo no molhado”, escreveu o deputado em sua conta no Twitter, em apoio ao senador Ciro Nogueira (PP-PI).
“Considero grave erro da diplomacia brasileira a opção por lado na disputa árabe-israelense. Temos histórico de boas relações multilaterais e dar prioridade a um país em detrimento de outros pode trazer prejuízos econômicos, além de risco de o Brasil virar foco do terrorismo”, declarou Nogueira na mesma rede social, no sábado (29/12).
JANAINA CRITICA – A proposta de Bolsonaro também foi criticada pela deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP), integrante do partido do presidente eleito e a mais votada em São Paulo.
“Já tive oportunidade de dizer que transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém é juridicamente justificável, na medida em que Israel é um Estado soberano. Porém, por razões diversas, fico feliz que o presidente eleito esteja repensando a ideia. Respeitosamente”, disse Janaina, em referência a uma declaração feita pelo presidente eleito no início do mês, quando afirmou que sua equipe estava conversando sobre como tomar a melhor decisão.
MALTA APOIA – Em contrapartida às ponderações, o senador Magno Malta, que não conseguiu se reeleger, divulgou uma série de publicações apoiando a intenção de Bolsonaro. Evangélico, Malta declarou que reconhecer Jerusalém como capital de Israel faz “justiça” ao país e é o cumprimento de uma profecia.
Em um dos vídeos publicados pelo parlamentar, Malta aparece ao lado de Bolsonaro em junho deste ano afirmando que a mudança seria efetivada por Bolsonaro se ele fosse eleito.
No entanto, nesta sexta-feira (28/12), nos pronunciamentos públicos após encontro com Netanyahu, Bolsonaro não tocou no tema da embaixada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o Brasil vai fortalecer as relações com Israel, mas a embaixada vai continuar funcionando em Tel Aviv, conforme recomenda o acordo assinado na ONU. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o Brasil vai fortalecer as relações com Israel, mas a embaixada vai continuar funcionando em Tel Aviv, conforme recomenda o acordo assinado na ONU. (C.N.)
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